quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Descargas ilegais no Rio Homem

O Rio Homem está a ser alvo de descargas poluentes ilegais. As provas eram bem visíveis, há dias, junto à ponte de Fiscal, em Amares. A denúncia foi feita por um natural daquela freguesia que assegura que, nos últimos seis meses, já avistou duas situações do género. “A minha mãe vive em Fiscal e, de vez em quando, passo naquela ponte. Já não é a primeira vez que noto este tipo de descarga que, a meu ver, é um verdadeiro crime ambiental”, insurgiu-se.
De acordo com a mesma fonte, “a quantidade de entulho libertada na água, chega a poluir o curso do rio até à zona de Lazer da Malheira, em Sabariz, ou até mesmo à Ponte Nova, na Loureira. “Não percebo como é que os vizinhos não se apercebem. Ou existe algum tubo, numa das margens, bem escondido, ou então são coniventes com esta situação”, lamenta, defendendo que “a GNR e a Delegação de Saúde têm de averiguar o que ali se passa”.
No seu entender, este tipo de descargas “custa muito em termos ambientais e com efeitos de longo prazo”. “É um atentado que afeta várias zonas de lazer e com uma recuperação da qualidade da água muito morosa. A meu ver, neste caso, acredito que seja matéria orgânica dissolvida”, concluiu.
Em poucos minutos, mais de 50 metros do leito do rio apresentava já uma tonalidade acastanhada.
De acordo com o Cabo Gonçalves, da equipa de Proteção da Natureza, da GNR da Póvoa de Lanhoso, “o caso foi, numa primeira instância, investigado pela GNR de Amares”.
“A nossa equipa foi depois ao local e, de facto, verificámos que havia uma coloração não habitual das águas. No entanto, creio que não era um foco demasiadamente poluidor, uma vez que o resíduo não apresentava cheiro”, avaliou, referindo que a equipa presente no local procedeu a “uma fiscalização das margens do rio, não tendo verificado qualquer situação anómala”.
“Resta-nos avaliar a situação da ETAR situada a montante, para tentar perceber se existe alguma anomalia com o seu funcionamento”, acrescentou, explicando que a Delegação de Saúde “só é contactada se houver indícios de morte de peixe ou situações semelhantes”.
Fonte: Terras do Homem, em 13-09-2012

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