Modelo de negócio inovador traz nova esperança aos agricultores
Do lado do consumidor, o mesmo sabe que consome produtos cultivados localmente, praticamente sem adição de elementos químicos, e produtos de elevada qualidade. “Consegue grande variedade dos produtos da época. Consome produto nacional, contribui para o fomento da pequena agricultura e, na relação qualidade preço, sai claramente beneficiado”, assegurou o responsável.
O sucesso da iniciativa também pode ser comprovado pelo aumento de consumidores inscritos no Prove. Iniciado a 18 de maio, este projeto foi sendo preparado nos ‘bastidores’, uma vez que os produtores “mostravam ainda com algum receio”. No entanto, neste momento já “navega a velocidade de cruzeiro” Dos 17 consumidores inscritos na primeira semana, rapidamente se chegou aos 43, registados nesta altura. “O número tem vindo sempre a aumentar”, assegura Paulo Pereira.
As vendas decorrem a um ritmo tal que o núcleo de Vila Verde pondera avançar também para abertura de um ponto de entrega de cabazes na cidade de Braga.
No entender da vereadora da Câmara Municipal de Vila Verde, Júlia Fernandes, esta é “uma excelente oportunidade para os agricultores da região”. “É uma oportunidade para agarrar. Produtores e consumidores saem beneficiados. Temos que cultivar a máxima do que o que é nosso é bom e tem qualidade, porque teremos que voltar a virarmo-nos para a terra. Não tenho dúvidas, é um modelo de negócio extremamente interessante”, sustentou a edil.
Outros núcleos poderão nascer em Terras de Bouro, Amares e Prado
O sucesso registado no núcleo Prove de Vila Verde levou já os responsáveis pelo projeto a estudar a possibilidade de alargar o conceito a outras áreas da região do Vale do Homem e Cávado. Na Póvoa de Lanhoso já existe um, por exemplo. O mesmo poderá acontecer, a breve trecho, em Amares ou até “na zona Sul do concelho de Vila Verde”.
Ao que tudo indica, em Terras de Bouro, a Associação de Produtores Biológicos do concelho prepara-se para apoiar a abertura, dentro de um ou dois meses, de um núcleo local. Técnicos dessa associação já trabalham, aliás, com dois produtores que se encontram num período de formação.
De acordo com o presidente da autarquia terrabourense, Joaquim Cracel, “a sustentabilidade do concelho de Terras de Bouro passa, em grande parte, pelo fomento da agricultura”. “É um alicerce da economia terrabourense, pelo que iniciativas deste género se poderão revelar fundamentais”, defendeu.
“Produtos adubados com estrumo de animais de Santa Isabel”
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Fonte: Terras do Homem, em 22-06-2012
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