Potencialmente por influência do agudizar da crise, o Vale do Homem assistiu ao longo de 2011 a uma subida da criminalidade, tendo-se registado perto de 2900 crimes, face aos 2670 verificados no ano de 2010. Os crimes contra as pessoas e contra o património foram aqueles que mais aumentaram e os concelhos de Amares e Terras de Bouro foram os mais afetados. Aliás, em 2011, Vila Verde até viu o número de crimes baixar no geral, descendo dos 1643, para as 1585 ocorrências.
Esta é uma situação que parece ter paralelo na realidade nacional, onde os números da criminalidade apontam para um substancial aumento. O roubo por esticão, por exemplo, pouco frequente na região do Vale do Homem, subiu mais de 25% no 1º semestre de 2011. Mas também aumentaram os assaltos à mão armada, o roubo de veículos e ainda os furtos nos supermercados, sobretudo de comida.
Parecem inevitáveis as associações do aumento destas práticas ao crescente desemprego e endividamento das pessoas e das famílias.
Nalguns casos, as forças de segurança dos concelhos do Vale do Homem, admitem mesmo que a crise leva, quase sempre, a um aumento do número de assaltos.
Em Amares, por exemplo, entre 2010 e 2011, assistiu-se a um aumento do número de crimes, na ordem dos 15%. Piores valores foram registados em Terras de Bouro, onde a escalada da criminalidade ultrapassou aos 37% de ocorrências a mais.
Se em Amares, por exemplo, a criminalidade contra as pessoas se manteve estável e, em Vila Verde, até baixou, o mesmo não se pode dizer de Terras de Bouro, onde estes crimes subiram das 72 ocorrências para as 113. Outro capítulo em que o concelho terrabourense regrediu claramente prendeu-se com os crimes contra a vida em sociedade que, em 2010, tinham sido 29 e, em 2011, chegaram aos 88.
No que diz respeito aos crimes contra o património, Amares e Terras de Bouro apresentam números igualmente negros. No caso amarense, estes crimes aumentaram das 324 ocorrências, para as 391, enquanto em Terras de Bouro se registaram, em 2011, 222 crimes, face aos 171 de 2010.
Esta é uma situação que parece ter paralelo na realidade nacional, onde os números da criminalidade apontam para um substancial aumento. O roubo por esticão, por exemplo, pouco frequente na região do Vale do Homem, subiu mais de 25% no 1º semestre de 2011. Mas também aumentaram os assaltos à mão armada, o roubo de veículos e ainda os furtos nos supermercados, sobretudo de comida.
Parecem inevitáveis as associações do aumento destas práticas ao crescente desemprego e endividamento das pessoas e das famílias.
Nalguns casos, as forças de segurança dos concelhos do Vale do Homem, admitem mesmo que a crise leva, quase sempre, a um aumento do número de assaltos.
Em Amares, por exemplo, entre 2010 e 2011, assistiu-se a um aumento do número de crimes, na ordem dos 15%. Piores valores foram registados em Terras de Bouro, onde a escalada da criminalidade ultrapassou aos 37% de ocorrências a mais.
Se em Amares, por exemplo, a criminalidade contra as pessoas se manteve estável e, em Vila Verde, até baixou, o mesmo não se pode dizer de Terras de Bouro, onde estes crimes subiram das 72 ocorrências para as 113. Outro capítulo em que o concelho terrabourense regrediu claramente prendeu-se com os crimes contra a vida em sociedade que, em 2010, tinham sido 29 e, em 2011, chegaram aos 88.
No que diz respeito aos crimes contra o património, Amares e Terras de Bouro apresentam números igualmente negros. No caso amarense, estes crimes aumentaram das 324 ocorrências, para as 391, enquanto em Terras de Bouro se registaram, em 2011, 222 crimes, face aos 171 de 2010.
Aumento da criminalidade reflete outros problemas do país
Admitindo que a análise dos dados da criminalidade, relativos a 2011, “carece de um estudo mais aprofundado” e que “nem sempre a relação de causa e efeito seja fácil de estabelecer, o comandante do Posto Territorial da GNR de Amares, Pedro Gonçalves, admite que esse aumento da criminalidade “reflete um determinado estado de coisas a nível nacional”.
“Tem que se analisar a tipologia dos crimes. No entanto, se verificamos um aumento da criminalidade contra ao património, parece-me correto dizer que a falta de emprego, a falta de dinheiro e a precariedade social conduzem a um aumento destas ocorrências”, defendeu o comandante da GNR de Amares.
Na sua opinião, a situação, em 2012, “não tende a melhorar, até pelo que indicam os números e as perspetivas de 2012”. “Espera-se um ano ainda mais complicado. Cabe-nos reforçar a vigilância e apostar na prevenção”, assumiu.
Prevenção e “felicidade” baixaram criminalidade em Vila Verde
Vila Verde deverá ser um caso raro, a nível nacional, uma vez que terá sido dos poucos concelhos a registar um declínio da criminalidade, ao longo de 2011, face ao ano transato. No entanto, no entender do atual comandante da GNR de Vila Verde, pode tal facto “decorrer de um período cíclico em que os larápios tenham centrado atenções noutros concelhos”.
“Em 2011, o concelho de Amares foi mais afetado que o nosso. Mas isto é tudo um bocado cíclico. Para além do trabalho do meu antecessor, contámos também, se calhar, com um período mais feliz”, atirou Vítor Esteves, que tomou posse em setembro do ano passado, como comandante do Posto Territorial de Vila Verde.
Apesar de admitir uma difícil leitura dos números, o comandante considera que o seu antecessor “fez um bom trabalho” e que “talvez tenha apostado forte na prevenção, tal como se tem feito atualmente”.
“Tentei, desde que cheguei, colocar o máximo de gente possível no terreno. Reforçámos, por exemplo, o apoio aos idosos e o patrulhamento a pé”, desvendou Vítor Esteves.
Ainda que o mês de janeiro não tenha registado um significativo aumento de crimes, o comandante da GNR de Vila Verde acredita que, “em 2012, a tendência será para o aumento da criminalidade contra o património”.
“Pequenos furtos” contra o patrimónioAdmitindo que a análise dos dados da criminalidade, relativos a 2011, “carece de um estudo mais aprofundado” e que “nem sempre a relação de causa e efeito seja fácil de estabelecer, o comandante do Posto Territorial da GNR de Amares, Pedro Gonçalves, admite que esse aumento da criminalidade “reflete um determinado estado de coisas a nível nacional”.
“Tem que se analisar a tipologia dos crimes. No entanto, se verificamos um aumento da criminalidade contra ao património, parece-me correto dizer que a falta de emprego, a falta de dinheiro e a precariedade social conduzem a um aumento destas ocorrências”, defendeu o comandante da GNR de Amares.
Na sua opinião, a situação, em 2012, “não tende a melhorar, até pelo que indicam os números e as perspetivas de 2012”. “Espera-se um ano ainda mais complicado. Cabe-nos reforçar a vigilância e apostar na prevenção”, assumiu.
Prevenção e “felicidade” baixaram criminalidade em Vila Verde
Vila Verde deverá ser um caso raro, a nível nacional, uma vez que terá sido dos poucos concelhos a registar um declínio da criminalidade, ao longo de 2011, face ao ano transato. No entanto, no entender do atual comandante da GNR de Vila Verde, pode tal facto “decorrer de um período cíclico em que os larápios tenham centrado atenções noutros concelhos”.
“Em 2011, o concelho de Amares foi mais afetado que o nosso. Mas isto é tudo um bocado cíclico. Para além do trabalho do meu antecessor, contámos também, se calhar, com um período mais feliz”, atirou Vítor Esteves, que tomou posse em setembro do ano passado, como comandante do Posto Territorial de Vila Verde.
Apesar de admitir uma difícil leitura dos números, o comandante considera que o seu antecessor “fez um bom trabalho” e que “talvez tenha apostado forte na prevenção, tal como se tem feito atualmente”.
“Tentei, desde que cheguei, colocar o máximo de gente possível no terreno. Reforçámos, por exemplo, o apoio aos idosos e o patrulhamento a pé”, desvendou Vítor Esteves.
Ainda que o mês de janeiro não tenha registado um significativo aumento de crimes, o comandante da GNR de Vila Verde acredita que, “em 2012, a tendência será para o aumento da criminalidade contra o património”.
Terras de Bouro acabou por ser o concelho do Vale do Homem que conheceu o aumento mais negativo da criminalidade em 2011. Sendo a segurança garantida por dois postos da GNR – um na Vila do Gerês, outro em Moimenta – o concelho acabou atacado pelos larápios, nomeadamente através de furtos dentro de veículos.
De acordo com Carlos Martins da GNR da Vila do Gerês os dados não permitem tirar nenhuma conclusão concreta. “Não sei se há uma relação direta e concreta. Há um tipo de crime mais comum, que é o dos furtos no interior dos veículos que, de facto, conheceu um ligeiro aumento”, reconheceu o militar, assegurando que se trataram essencialmente de “pequenos furtos”, tais como os outros crimes contra o património, que afetaram algumas habitações do concelho.
“Depois também assistimos a um aumento da criminalidade contra a vida em sociedade e o Estado, que decorre naturalmente de um maior patrulhamento nas ruas. Falamos de detenções por excesso de álcool nos condutores ou falta de habilitação legal para a condução”, explicou.
Fiscal: três casas assaltadas para roubar…vinhoDe acordo com Carlos Martins da GNR da Vila do Gerês os dados não permitem tirar nenhuma conclusão concreta. “Não sei se há uma relação direta e concreta. Há um tipo de crime mais comum, que é o dos furtos no interior dos veículos que, de facto, conheceu um ligeiro aumento”, reconheceu o militar, assegurando que se trataram essencialmente de “pequenos furtos”, tais como os outros crimes contra o património, que afetaram algumas habitações do concelho.
“Depois também assistimos a um aumento da criminalidade contra a vida em sociedade e o Estado, que decorre naturalmente de um maior patrulhamento nas ruas. Falamos de detenções por excesso de álcool nos condutores ou falta de habilitação legal para a condução”, explicou.
Três habitações de emigrantes foram assaltadas na Freguesia de Fiscal, nos últimos dias. De acordo com o que foi possível apurar, os assaltos terão sido “perpetrados por amadores” uma vez que “foram maiores os estragos que causaram” do que propriamente “o valor que terão conseguido dos angariar dos assaltos”.
No entender de fonte da GNR de Amares, estes atos “não foram cometidos por nenhum grupo organizado, uma vez que levaram pouca coisa” “acima de tudo, causaram problemas pelo vandalismo manifestado, já que até defecaram no interior de uma das habitações” avançou a mesma fonte, indicando que os assaltantes utilizaram o arrombamento para entrar nas casas invadidas.
Além disso, “um outro assaltante mais experiente teria, por exemplo, levado também as televisões existentes nas habitações, entre outros objetos valiosos” Já este grupo, de acordo com um familiar do proprietário de uma das habitações afetadas, “preferiu levar…vinho”.
Números da Criminalidade no Vale do HomemNo entender de fonte da GNR de Amares, estes atos “não foram cometidos por nenhum grupo organizado, uma vez que levaram pouca coisa” “acima de tudo, causaram problemas pelo vandalismo manifestado, já que até defecaram no interior de uma das habitações” avançou a mesma fonte, indicando que os assaltantes utilizaram o arrombamento para entrar nas casas invadidas.
Além disso, “um outro assaltante mais experiente teria, por exemplo, levado também as televisões existentes nas habitações, entre outros objetos valiosos” Já este grupo, de acordo com um familiar do proprietário de uma das habitações afetadas, “preferiu levar…vinho”.
Concelho Total 2011 total 2010
Vila Verde 1585 crimes 1643 crimes
Amares 843 crimes 732 crimes
Terras de Bouro 471 crimes 295 crimes
Crimes contra as pessoas 2011 (2010)
VV - 389 (459)
AA - 230 (230)
Terras de Bouro - 113 (72)
Crimes contra o património
VV - 788 (801)
AA - 391 (324)
Terras de Bouro - 222 (171)
Crimes contra a vida em sociedade
VV - 265 (287)
AA - 127 (125)
Terras de Bouro - 88 (29)
Crimes contra o Estado
VV - 26 (10)
AA - 17 (12)
Terras de Bouro - 10 (6)
Crimes previstos em Legislação avulsa
VV - 117 (86)
AA - 78 (41)
Terras de Bouro - 38 (17)
Fonte: Terras do Homem, em 2-02-2012
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