Começa hoje o Festival de Trance Freedom, em Elvas. No Gerês, o Rainbow reúne hippies até ao fim de Agosto
"Pedir a alguém no Rainbow para não fazer sexo em frente dos seus filhos, é como ir a um bar com miúdos e pedir aos clientes para não beberem álcool." A frase foi escrita por Jim Dee, um autoproclamado hippie e "filho de um hippie dos anos 70" na página do Facebook do Rainbow. Jim Dee aconselha todos os participantes do encontro - que começou em Portugal a 30 de Julho e se prolonga até 29 de Agosto - a não levarem crianças.
"Em miúdo, o meu pai levou-me a alguns encontros destes e fiquei chocado. Há muita nudez e sexo, por exemplo em tendas públicas como a do chá", escreveu. "Também há sexo na relva e em arbustos, onde os miúdos brincam."
O primeiro Rainbow aconteceu na Califórnia em Julho de 1972 e contou com 20 mil pessoas. Onze anos depois chegava à Europa e realizava-se na Suíça. O que começou por ser um evento pontual numa floresta norte-americana tornou-se no maior encontro anual de hippies, pseudo-hippies, viajantes e curiosos que aguentam alguns dias na comunidade até apanharem piolhos. Nos encontros europeus, que duram um mês, os participantes trazem as suas tendas e montam um acampamento onde as actividades principais são workshops como os de respiração holotrópica, permacultura e curas com ervas - fumá-las é a técnica preferida.
Este ano, Portugal é o país escolhido para o encontro europeu, tal como em 1996 e em 2008 - neste último juntou apenas 70 pessoas porque se tratava de um evento local. Mas não é fácil encontrar o sítio. Com uma pesquisa no Google percebemos que se realiza na "Ibéria". Só depois de saltarmos por vários sites com arco-íris, descobrimos que é em Salto, uma aldeia em Montalegre, perto do Gerês."Espaço para 4 mil pessoas, fontes de água potável, madeira para fogueiras e lugares de estacionamento a um mínimo de uma hora e meia do local de encontro" são algumas das características do espaço do Rainbow.
Freedom nos intervalos do Boom
A partir de hoje, a Herdade do Monte da Chaminé, em Elvas também se vai encher de pessoas com rastas. Até dia 15, são esperados entre 8 a 10 mil amantes da música trance no Freedom. O festival que teve a sua primeira edição em 2005 realiza-se de dois em dois anos, para coincidir com os intervalos do psicadélico Boom, em Idanha-a-Nova.
"O que nos difere da cultura do Boom é apostarmos em nomes mais fortes no cartaz", conta Tiago Mota, director do palco principal. Na 1ª. edição, a organizadora Crystal Matrix levou a Elvas nomes sonantes do trance como os israelitas Infected Mushroom e juntou 10 mil pessoas em três dias, com bilhetes a 55 euros.
Este ano os bilhetes aumentaram de preço (custam 110 euros), mas o festival dura uma semana e inclui uma after-party no dia 16. "Os principais artistas vão ser Talamasca [um DJ francês], Vibe Tribe [o projecto do produtor russo Stas Marnyanski] e os Sun Project [que combinam metal com trance]."
Tal como no Boom, onde no ano passado foram apreendidas perto de 16 mil doses de heroína e quase 5 mil selos de LSD, o consumo de drogas pesadas é habitual no Freedom.
Fonte: iinoformação, em 10-08-2011
"Pedir a alguém no Rainbow para não fazer sexo em frente dos seus filhos, é como ir a um bar com miúdos e pedir aos clientes para não beberem álcool." A frase foi escrita por Jim Dee, um autoproclamado hippie e "filho de um hippie dos anos 70" na página do Facebook do Rainbow. Jim Dee aconselha todos os participantes do encontro - que começou em Portugal a 30 de Julho e se prolonga até 29 de Agosto - a não levarem crianças.
"Em miúdo, o meu pai levou-me a alguns encontros destes e fiquei chocado. Há muita nudez e sexo, por exemplo em tendas públicas como a do chá", escreveu. "Também há sexo na relva e em arbustos, onde os miúdos brincam."
O primeiro Rainbow aconteceu na Califórnia em Julho de 1972 e contou com 20 mil pessoas. Onze anos depois chegava à Europa e realizava-se na Suíça. O que começou por ser um evento pontual numa floresta norte-americana tornou-se no maior encontro anual de hippies, pseudo-hippies, viajantes e curiosos que aguentam alguns dias na comunidade até apanharem piolhos. Nos encontros europeus, que duram um mês, os participantes trazem as suas tendas e montam um acampamento onde as actividades principais são workshops como os de respiração holotrópica, permacultura e curas com ervas - fumá-las é a técnica preferida.
Este ano, Portugal é o país escolhido para o encontro europeu, tal como em 1996 e em 2008 - neste último juntou apenas 70 pessoas porque se tratava de um evento local. Mas não é fácil encontrar o sítio. Com uma pesquisa no Google percebemos que se realiza na "Ibéria". Só depois de saltarmos por vários sites com arco-íris, descobrimos que é em Salto, uma aldeia em Montalegre, perto do Gerês."Espaço para 4 mil pessoas, fontes de água potável, madeira para fogueiras e lugares de estacionamento a um mínimo de uma hora e meia do local de encontro" são algumas das características do espaço do Rainbow.
Freedom nos intervalos do Boom
A partir de hoje, a Herdade do Monte da Chaminé, em Elvas também se vai encher de pessoas com rastas. Até dia 15, são esperados entre 8 a 10 mil amantes da música trance no Freedom. O festival que teve a sua primeira edição em 2005 realiza-se de dois em dois anos, para coincidir com os intervalos do psicadélico Boom, em Idanha-a-Nova.
"O que nos difere da cultura do Boom é apostarmos em nomes mais fortes no cartaz", conta Tiago Mota, director do palco principal. Na 1ª. edição, a organizadora Crystal Matrix levou a Elvas nomes sonantes do trance como os israelitas Infected Mushroom e juntou 10 mil pessoas em três dias, com bilhetes a 55 euros.
Este ano os bilhetes aumentaram de preço (custam 110 euros), mas o festival dura uma semana e inclui uma after-party no dia 16. "Os principais artistas vão ser Talamasca [um DJ francês], Vibe Tribe [o projecto do produtor russo Stas Marnyanski] e os Sun Project [que combinam metal com trance]."
Tal como no Boom, onde no ano passado foram apreendidas perto de 16 mil doses de heroína e quase 5 mil selos de LSD, o consumo de drogas pesadas é habitual no Freedom.
Fonte: iinoformação, em 10-08-2011
1 comentário:
O Rainbow não é um evento onde se faça sexo em todo o lado, onde haja piolhos a saltar de tenda em tenda, nem onde se fuma erva 24h por dia. É um evento que serve para unir pessoas com ideologias semelhantes, onde se partilha conhecimento (sem dinheiro envolvido), onde se procura expandir ideias sobre ecologia, economia sustentável, espiritualidade, vida sana e terapia salternativas. As próprias pessoas de Salto estão maravilhadas com este evento dizendo que estão deliciadas com as pessoas que o frequentam: "São todos muito educados, limpos e simpáticos" - disse-me um "nativo". Inclusivé já amanhã vai haver uma reunião musical de "saltenhos" e "arco-íris" onde vão todos tocar, cantar e dançar juntos.
Estes "hippies, pseudo-hippies, viajantes e curiosos" são pessoas de coração grande que acreditam num mundo mais Limpo, mais Livre, mais Justo. Acreditam na Natureza, na União e na Harmonia. São seres que, vendo que o Sistema Sócio-Económico Global a que a nossa civilização se submeteu trouxe muita destruição, decadência e desequilíbrio, escolheram procurar formas mais Simples de viver a Vida. Antes chás e arbustos do que químicos, prédios e poluição. Antes musica e alegria do que silêncios oprimidos e tristeza. Não à Submissão aos Grandes Lobbies, aos Governos desgovernantes e desgovernados, aos roubos políticos, ao conhecimento deturpado pelo oportunismo egoísta, aos alimentos trangénicos com cascas fatais, à inconsciência ecológica e humanitária (etc). Nós,
os que não nos submetemos, partilhamos a opinião de que a Felicidade vem da harmonia entre Tudo e Todos. E a harmonia consegue-se construindo laços puros entre nós connosco próprios, nós com todos os Seres pertencentes `a Natureza , nós e o respeito pelas Leis da Vida. Tabus, mentes fechadas e auto-destrutivas, repressão, capitalismo e superficialidade são conceitos que não queremos que os nossos filhos absorvam pois retardam o crescimento da Felicidade individual e comum.
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