António Rua é electricista industrial e está desempregado há dois anos. Farto de enviar currículos sem obter respostas, este desempregado decidiu arregaçar as mangas e avançar com “um projecto inovador”. A ideia é, segundo aquele morador da freguesia de Sequeira, formar uma cooperativa sem fins lucrativos, onde os sócios sejam desempregados e troquem trabalho com outros desempregados.
A tirar o 12.º ano, no âmbito da iniciativa Novas Oportunidades, na EB2,3 de Tadim, António já perdeu a conta ao número de currículos que já enviou, sempre “na expectativa de obter uma resposta, mas os patrões não se dignificam a isso”, lamentou o desempregado, confidenciando que as pessoas “estão desmoralizadas”.Este projecto corporativista destina-se, portanto, aos desempregados, que não encontram trabalho, profissionais com experiência no mundo do trabalho, que colocam à disposição os seus conhecimentos. “Para todos aqueles que se pretendam estabelecer mas que não tenham a força, coragem ou o dinheiro necessário para desenvolver as suas aptidões aqui está uma solução”, salientou.
Seguir o exemplo dos agricultores
Lembrando-se do simples exemplo do que acontece na agricultura, onde os agricultores trocam mão de obra entre si, António quer lançar o desafio a muitos outros desempregados. “Trata-se de um projecto feito por desempregados para desempregados, uma espécie de iniciativa de interajuda que se pretende desenvolver e de união entre as pessoas”, explicou.
Esta troca de serviços, de acordo com António Rua, só traz vantagens: “como somos uma cooperativa acabamos por conseguir comprar o material a preços mais acessíveis, não tem que se pagar a mão-de-obra, porque depois a vamos ‘dar’ a outro desempregado e, por último, é uma forma da pessoa trabalhar na sua arte e manter o que sabe fazer”.
Fazer um trabalho dá crédito para receber outro
Segundo o mentor do projecto, tudo funcionará “com os recursos dos desempregados sem apoios estatais, sem burocracias para quem quer trabalhar, sem ter de despender dinheiro para realizar os seus pequenos projectos pessoais”. E exemplifica: “a ideia é que uma pessoa que precise de pintar a casa ‘contrate’ o pintor e só paga o material, ficando o pintor com crédito para quando precisar de algum serviço de outra especialidade em sua casa”.
O objectivo que se pretende alcançar é o de permitir a quem está desempregado ter uma actividade de interajuda entre associados que ganharam “créditos” em cada projecto que trabalharem sem fins lucrativos que poderão utilizar mais tarde em seu benefício. Esses créditos permitirão a quem os ganha utilizar outros ramos profissionais para realizar pequenas obras em casa. “A ideia poderá não ser nova, mas acreditamos que tem pernas para andar, irá permitir, unir a força laboral, que não estarem dependentes de um patrão para evoluírem”, defendeu aquele desempregado.
E António Rua foi mais longe: “este projecto não pretende substituir o centro de emprego, mas sim, mostrar ao país que os desempregados não são aqueles que não querem trabalhar, mas sim quem não tem a oportunidade de ganhar o sustento para a família”.
Fonte: Correio do Minho, em 19-08-2011
A tirar o 12.º ano, no âmbito da iniciativa Novas Oportunidades, na EB2,3 de Tadim, António já perdeu a conta ao número de currículos que já enviou, sempre “na expectativa de obter uma resposta, mas os patrões não se dignificam a isso”, lamentou o desempregado, confidenciando que as pessoas “estão desmoralizadas”.Este projecto corporativista destina-se, portanto, aos desempregados, que não encontram trabalho, profissionais com experiência no mundo do trabalho, que colocam à disposição os seus conhecimentos. “Para todos aqueles que se pretendam estabelecer mas que não tenham a força, coragem ou o dinheiro necessário para desenvolver as suas aptidões aqui está uma solução”, salientou.
Seguir o exemplo dos agricultores
Lembrando-se do simples exemplo do que acontece na agricultura, onde os agricultores trocam mão de obra entre si, António quer lançar o desafio a muitos outros desempregados. “Trata-se de um projecto feito por desempregados para desempregados, uma espécie de iniciativa de interajuda que se pretende desenvolver e de união entre as pessoas”, explicou.
Esta troca de serviços, de acordo com António Rua, só traz vantagens: “como somos uma cooperativa acabamos por conseguir comprar o material a preços mais acessíveis, não tem que se pagar a mão-de-obra, porque depois a vamos ‘dar’ a outro desempregado e, por último, é uma forma da pessoa trabalhar na sua arte e manter o que sabe fazer”.
Fazer um trabalho dá crédito para receber outro
Segundo o mentor do projecto, tudo funcionará “com os recursos dos desempregados sem apoios estatais, sem burocracias para quem quer trabalhar, sem ter de despender dinheiro para realizar os seus pequenos projectos pessoais”. E exemplifica: “a ideia é que uma pessoa que precise de pintar a casa ‘contrate’ o pintor e só paga o material, ficando o pintor com crédito para quando precisar de algum serviço de outra especialidade em sua casa”.
O objectivo que se pretende alcançar é o de permitir a quem está desempregado ter uma actividade de interajuda entre associados que ganharam “créditos” em cada projecto que trabalharem sem fins lucrativos que poderão utilizar mais tarde em seu benefício. Esses créditos permitirão a quem os ganha utilizar outros ramos profissionais para realizar pequenas obras em casa. “A ideia poderá não ser nova, mas acreditamos que tem pernas para andar, irá permitir, unir a força laboral, que não estarem dependentes de um patrão para evoluírem”, defendeu aquele desempregado.
E António Rua foi mais longe: “este projecto não pretende substituir o centro de emprego, mas sim, mostrar ao país que os desempregados não são aqueles que não querem trabalhar, mas sim quem não tem a oportunidade de ganhar o sustento para a família”.
Fonte: Correio do Minho, em 19-08-2011
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