Nem tudo são más notícias no ensino português. A Escola Profissional Amar Terra Verde (EPATV) faz parte de um lote restrito de escolas que se podem orgulhar de quase garantir emprego a quem por ali anda a tentar ser alguém. Não é preciso ir muito longe para defender esta tese, uma vez que os números falam por si. Em 2009/2010 76% dos alunos que acabaram o curso na EPATV conseguiram um lugar no mundo do trabalho. Para quem pensa que este número é surpreendente, há um que dispensa apresentações. O curso de Hotelaria dá-se ao luxo de oferecer 100% de empregabilidade.
Sandra Monteiro, directora pedagógica da EPATV, diz acreditar que este número deve-se, entre outras coisas, ao facto de os alunos realizarem estágios ao longo do curso. “A EPATV tem uma componente muito prática e isso é extremamente importante”. Esta ligação activa com a área permite não só conhecer melhor os segredos da profissão como fazer contactos para o futuro. “Em alguns casos, as próprias empresas pedem para que possamos disponibilizar alunos para estagiar, porque sabem o valor deles. Inclusive, houve casos em que chegaram mesmo a ser contratados”, diz com um sorriso encharcado de orgulho.
Os cursos que mais têm contribuído para uma taxa de emprego assinalável são, inevitavelmente, a Hotelaria, Mecatrónica Automóvel, Electrotecnia e o Técnico de Frio e Climatização. No entanto, para Sandra Monteiro, é difícil indicar 2/3 cursos quando todos eles têm uma taxa de empregabilidade “muito boa”. Neste momento, a EPATV tem, no total, 43 cursos, 50 turmas e mais de 900 alunos.Alunos fazem furor no mundo do trabalho
Desde que abriu em 1994, já passaram milhares de alunos pelos corredores da EPATV. Uns encontraram dificuldades, muitos conseguiram singrar. Entre eles, Artur Gomes. Hoje é chefe de cozinha da Casa da Música no Porto. Álvaro Costa é outro exemplo. Este ex-aluno já é o chefe executivo no Porto Pestana Hotel. Mas não foram só os da cozinha que tiveram êxito. Sandra Ferreira tirou o curso de Hotelaria e, neste momento, é chefe de recepção no Hotel do Bom Jesus e dá aulas onde um dia foi aluna (EPATV).
Universidade no horizonte
Para muitos, uma Escola Profissional serve, fundamentalmente, para os alunos tirarem um curso e atirarem-se às feras. Contudo, também há aqueles que pretendem dar continuidade ao percurso escolar tentando, assim, um lugar no ensino superior. Sara Gomes é exemplo disso mesmo. Acabou este ano o curso Psico-social e já se candidatou a Educação Básica. Certezas se entra na Universidade ainda não tem, mas que em termos práticos pode chegar melhor preparada não duvida. “Como fomos tendo uma vertente muito prática, já sei algumas coisas que os alunos de escolas secundárias podem não saber”. Para Sara Gomes, o mito que os alunos das escolas profissionais chegam mal preparados é pura mentira. “Tal como eles, nós também fazemos os exames nacionais e se entramos é porque temos média e valor para lá estar”, deixou claro. Segundo Sandra Monteiro, a EPATV “tem protocolos com algumas universidades e são dadas equivalências a determinadas cadeiras”.
Alunos desenvolvem projectos inovadores
Uns aprendem a cozinhar, outros a tirar sangue e há ainda quem alie o útil ao agradável. Um grupo de alunos da EPATV aproveitaram uma cadeira que por ali estava encostada e criaram um mecanismo que permite a uma aluna com problemas motores a andar pelos corredores da escola sem ter que pedir auxílio. A aluna, neste caso, ao entrar nas instalações da EPATV tem um comando consigo que ao carregar num determinado botão acciona um mecanismo na cadeira e esta vai automaticamente ao encontro da mesma. Outra das “invenções” foi a criação de um objecto que permite limpar os cantos mais altos evitando, assim, que “as senhoras da limpeza caíam ao tentar limpar um tecto demasiado alto”. Uma forma de estudar enquanto se pratica solidariedade. Uma combinação perfeita que enriquece o currículo de qualquer um. Seja em Vila Verde, Amares ou Terras de Bouro a EPATV não promete nada a ninguém, mas que os números falam por si, isso falam…
Fonte: maisactual, em 8-08-2011
Sandra Monteiro, directora pedagógica da EPATV, diz acreditar que este número deve-se, entre outras coisas, ao facto de os alunos realizarem estágios ao longo do curso. “A EPATV tem uma componente muito prática e isso é extremamente importante”. Esta ligação activa com a área permite não só conhecer melhor os segredos da profissão como fazer contactos para o futuro. “Em alguns casos, as próprias empresas pedem para que possamos disponibilizar alunos para estagiar, porque sabem o valor deles. Inclusive, houve casos em que chegaram mesmo a ser contratados”, diz com um sorriso encharcado de orgulho.
Os cursos que mais têm contribuído para uma taxa de emprego assinalável são, inevitavelmente, a Hotelaria, Mecatrónica Automóvel, Electrotecnia e o Técnico de Frio e Climatização. No entanto, para Sandra Monteiro, é difícil indicar 2/3 cursos quando todos eles têm uma taxa de empregabilidade “muito boa”. Neste momento, a EPATV tem, no total, 43 cursos, 50 turmas e mais de 900 alunos.Alunos fazem furor no mundo do trabalho
Desde que abriu em 1994, já passaram milhares de alunos pelos corredores da EPATV. Uns encontraram dificuldades, muitos conseguiram singrar. Entre eles, Artur Gomes. Hoje é chefe de cozinha da Casa da Música no Porto. Álvaro Costa é outro exemplo. Este ex-aluno já é o chefe executivo no Porto Pestana Hotel. Mas não foram só os da cozinha que tiveram êxito. Sandra Ferreira tirou o curso de Hotelaria e, neste momento, é chefe de recepção no Hotel do Bom Jesus e dá aulas onde um dia foi aluna (EPATV).
Universidade no horizonte
Para muitos, uma Escola Profissional serve, fundamentalmente, para os alunos tirarem um curso e atirarem-se às feras. Contudo, também há aqueles que pretendem dar continuidade ao percurso escolar tentando, assim, um lugar no ensino superior. Sara Gomes é exemplo disso mesmo. Acabou este ano o curso Psico-social e já se candidatou a Educação Básica. Certezas se entra na Universidade ainda não tem, mas que em termos práticos pode chegar melhor preparada não duvida. “Como fomos tendo uma vertente muito prática, já sei algumas coisas que os alunos de escolas secundárias podem não saber”. Para Sara Gomes, o mito que os alunos das escolas profissionais chegam mal preparados é pura mentira. “Tal como eles, nós também fazemos os exames nacionais e se entramos é porque temos média e valor para lá estar”, deixou claro. Segundo Sandra Monteiro, a EPATV “tem protocolos com algumas universidades e são dadas equivalências a determinadas cadeiras”.
Alunos desenvolvem projectos inovadores
Uns aprendem a cozinhar, outros a tirar sangue e há ainda quem alie o útil ao agradável. Um grupo de alunos da EPATV aproveitaram uma cadeira que por ali estava encostada e criaram um mecanismo que permite a uma aluna com problemas motores a andar pelos corredores da escola sem ter que pedir auxílio. A aluna, neste caso, ao entrar nas instalações da EPATV tem um comando consigo que ao carregar num determinado botão acciona um mecanismo na cadeira e esta vai automaticamente ao encontro da mesma. Outra das “invenções” foi a criação de um objecto que permite limpar os cantos mais altos evitando, assim, que “as senhoras da limpeza caíam ao tentar limpar um tecto demasiado alto”. Uma forma de estudar enquanto se pratica solidariedade. Uma combinação perfeita que enriquece o currículo de qualquer um. Seja em Vila Verde, Amares ou Terras de Bouro a EPATV não promete nada a ninguém, mas que os números falam por si, isso falam…
Fonte: maisactual, em 8-08-2011
Sem comentários:
Enviar um comentário