A proposta para elevar o cavalo Garrano a património nacional vai ser apresentada em Setembro, apadrinhada pelo chefe da Casa Real portuguesa, Duarte Pio de Bragança, anunciaram os promotores da candidatura.
O processo, coordenado pelo Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), defende a necessidade de “preservação de recursos biológicos, valorização e divulgação da raça garrana”, actualmente em risco de extinção.
“Este deve ser o compromisso de uma região, de um país, de uma população com orgulho na sua identidade e na sua cultura', defende Nuno Brito, vice-presidente do IPVC e coordenador da proposta, a divulgar no I Congresso Internacional do Garrano, entre 23 a 25 de Setembro, em Arcos de Valdevez.A candidatura tem como base o estudo e caracterização da população garrana e a sua envolvente social, ambiental, cultural e turística, além da promoção e divulgação, num processo que arrancou em 2009.
Em Portugal há cerca de 600 criadores de Garranos registados, mas apenas 350 possuem animais, num registo nacional de animais adultos que ronda as 2000 cabeças.
Desde 2008 foram conhecidos dezenas de casos de cavalos desta raça abatidos a tiros de caçadeira, alegadamente por agricultores revoltados com os estragos que a criação selvagem destes animais provoca nas culturas.
Esta candidatura a património nacional prevê a constituição de uma marca própria e um museu virtual, para além de promover as “Rotas do Garrano” e intervenção científica, através da realização d e congressos dedicados à raça.
“Pretende-se contribuir para a manutenção de um recurso biológico insubstituível, integrando num conceito holístico perspectivas produtivas, genéticas, ambientais e sócio culturais, evitando a tendência regressiva de uma raça autóctone, reforçando o orgulho e a identidade de um povo”, explica ainda o responsável.
O Garrano tem a sua origem no Ibérico pré-histórico de pequena estatura que era característico das regiões montanhosas do norte da Península Ibérica.Pinturas rupestres em locais como La Pasiega e Altamira, Espanha, permitem descrever a morfologia daquele que é considerado o ancestral do cavalo garrano. Este animal tem membros e orelhas curtas e o perfil da cabeça é recto ou côncavo, distribuindo-se principalmente pelas serras do norte de Portugal, como na zona da Peneda-Gerês.
Segundo o IPVC, esta candidatura “é apadrinhada pelo representante da Família Real portuguesa, Duarte Pio de Bragança”, além de várias autarquias do Minho.
Os promotores da candidatura destacam ainda que o Garrano “constitui um elemento integrante do alto das serras e baldios e da paisagem humanizada do Minho”, pelo que “salvaguardar o património genético da população, mais do que um imperativo nacional comunitário, é um imperativo civilizacional”.
Este projecto deverá envolver ainda a criação do Prémio Internacional de Investigação do Garrano, a atribuir a cada dois anos, no valor de 5000 euros e patrocinado pela Fundação Caixa Noroeste.
Fonte: Lusa, em 21-08-2011
O processo, coordenado pelo Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), defende a necessidade de “preservação de recursos biológicos, valorização e divulgação da raça garrana”, actualmente em risco de extinção.
“Este deve ser o compromisso de uma região, de um país, de uma população com orgulho na sua identidade e na sua cultura', defende Nuno Brito, vice-presidente do IPVC e coordenador da proposta, a divulgar no I Congresso Internacional do Garrano, entre 23 a 25 de Setembro, em Arcos de Valdevez.A candidatura tem como base o estudo e caracterização da população garrana e a sua envolvente social, ambiental, cultural e turística, além da promoção e divulgação, num processo que arrancou em 2009.
Em Portugal há cerca de 600 criadores de Garranos registados, mas apenas 350 possuem animais, num registo nacional de animais adultos que ronda as 2000 cabeças.
Desde 2008 foram conhecidos dezenas de casos de cavalos desta raça abatidos a tiros de caçadeira, alegadamente por agricultores revoltados com os estragos que a criação selvagem destes animais provoca nas culturas.
Esta candidatura a património nacional prevê a constituição de uma marca própria e um museu virtual, para além de promover as “Rotas do Garrano” e intervenção científica, através da realização d e congressos dedicados à raça.
“Pretende-se contribuir para a manutenção de um recurso biológico insubstituível, integrando num conceito holístico perspectivas produtivas, genéticas, ambientais e sócio culturais, evitando a tendência regressiva de uma raça autóctone, reforçando o orgulho e a identidade de um povo”, explica ainda o responsável.
O Garrano tem a sua origem no Ibérico pré-histórico de pequena estatura que era característico das regiões montanhosas do norte da Península Ibérica.Pinturas rupestres em locais como La Pasiega e Altamira, Espanha, permitem descrever a morfologia daquele que é considerado o ancestral do cavalo garrano. Este animal tem membros e orelhas curtas e o perfil da cabeça é recto ou côncavo, distribuindo-se principalmente pelas serras do norte de Portugal, como na zona da Peneda-Gerês.
Segundo o IPVC, esta candidatura “é apadrinhada pelo representante da Família Real portuguesa, Duarte Pio de Bragança”, além de várias autarquias do Minho.
Os promotores da candidatura destacam ainda que o Garrano “constitui um elemento integrante do alto das serras e baldios e da paisagem humanizada do Minho”, pelo que “salvaguardar o património genético da população, mais do que um imperativo nacional comunitário, é um imperativo civilizacional”.
Este projecto deverá envolver ainda a criação do Prémio Internacional de Investigação do Garrano, a atribuir a cada dois anos, no valor de 5000 euros e patrocinado pela Fundação Caixa Noroeste.
Fonte: Lusa, em 21-08-2011
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