São cerca de dois milhões os peregrinos que, anualmente, visitam os santuários da região do Alto Cávado. Entre os mais visitados estão o santuário de S. Bento da Porta Aberta, em Terras de Bouro que recebe entre 800 e 850 mil pessoas, por ano, mas também o de Abadia, em Amares, ou do Alívio, em Vila Verde.
Os números foram avançados pelo presidente da Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem, Cávado e Ave (ATAHCA), José Mota Alves, no decurso do colóquio ‘A Religião em Movimento’, que teve a sua primeira edição na Universidade do Minho, e contou com a presença de oradores portugueses e espanhóis e que poderá vir a alargar-se à participação de especialistas de mais países.
Mota Alves reforçou, ainda, a “importância das peregrinações e do turismo religioso para a dinamização económica da região”, defendendo que “é uma área que tem que ser privilegiada e ter uma atenção muito grande por parte de quem tem responsabilidades no desenvolvimento regional e a nível do próprio turismo”.
O dirigente aponta mesmo caminhos para o fomento do turismo religioso, acalentando a revitalização futura da ‘Rota do Mariano’, unindo os países do sul da Europa. Uma rota que, de acordo com Mota Alves, movimenta cerca de 20 milhões de peregrinos por ano. Só os santuários de Lourdes, Covadonga e Fátima movimentam cerca de 15 milhões de peregrinos.
O presidente da ATAHCA defendeu, ainda, que Portugal "necessita de refletir sobre o valor da religiosidade, sobre a importância do fenómeno religioso na construção do ser e sobre o ser como elemento indissociável da construção do país".
Por seu turno, Luís Teixeira, docente do Departamento de Filosofia da Universidade do Minho, lembrou que “independentemente da motivação, todos os peregrinos seguem um itinerário, um caminho que tem de ser mostrado e são, ao mesmo tempo, consumidores de bens e serviços”.
Fonte: Terras do Homem, em 31-10-2013
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