O Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) vai receber um sistema pioneiro de vigilância através de espetrometria ótica com capacidade de reconhecer fumo orgânico de fogos florestais a 15 quilómetros de distância, através de um sensor ótico.
A instalação deste equipamento deverá ser concretizada nas próximas semanas.
Este sistema distingue o fumo de incêndio de outras fontes de fumo, por exemplo o proveniente de indústrias e decide “de forma completamente autónoma, até uma distância de 15 quilómetros, se há motivo para enviar um alerta de incêndio”, explicaram os responsáveis, sublinhando tratar-se de um projeto-piloto para apoiar a decisão de primeira intervenção.
A instalação deste equipamento no PNPG é justificada pela Associação Nacional de Proteção Civil com a “importância desta área e da necessidade de uma pronta e rápida deteção e decisão sobre o nível de intervenção de meios”.
O sistema conta com um sensor ótico remoto de grande alcance e uma câmara ótica de elevada resolução, que realizará um varrimento horizontal de 360 graus e vertical entre 45 a 90 graus. Inclui ainda sensores atmosféricos que monitorizam as condições atmosféricas do local, como de temperatura, humidade, direção e velocidade do vento, e pluviosidade.
Em caso de alarme, fornece “informações adicionais” aos centros de comando, como a “localização exata do fogo, fotografia da deteção e dados meteorológicos, que envia para um servidor central a partir do qual se possam emitir alertas para outros dispositivos”.
Além deste sistema, o Plano de Operações Nacional para o PNPG, envolve meios dos corpos de bombeiros, do Grupo de Intervenção Proteção e Socorro (GIPS) da GNR, da Força Especial de Bombeiros (FEB) da ANPC e do próprio parque, com um total de quatro equipas e 20 operacionais, que entre 1 de julho e 30 de setembro estarão em permanência 24 horas por dia “nas zonas prioritárias referidas e respetivas áreas envolventes”, em operações de prevenção.
Fonte: Terras do Homem, em 24-05-2012
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