O lugar de Gilbarbedo, na freguesia de Cibões, administrou, durante cerca de seis séculos, o território de um pequeno município com origem num couto dos primórdios da nacionalidade. Era o concelho de Vila Garcia, que abarcava grande parte da actual área de Cibões e a totalidade do território da freguesia de Brufe. Apesar de minúsculo, pontificou sempre com autonomia plena dentro do espaço geográfico de três outros concelhos, os de Terra de Boyro, Barca e Pico de Regalados. É quase certo que, nos primeiros tempos, tenha estado sujeito a um senhorio (ou donatário), mas passou para a jurisdição régia, possivelmente no século XVI, durante o reinado de D. Manuel I ou no século XVll, após a aclamação, em 1640, do rei D. João XIV.
Entre os servidores do antigo concelho de Vila Garcia esteve Geraldo da Silva, um dos filhos de António Vilela da Silva, abade de Coucieiro, mas natural de S. Miguel de Prado. Gerardo da Silva exerceu em Gilbarbedo o ofício de tabelião entre 1649 e 1667.
A sede dessa antiga municipalidade sempre foi o lugar de Gilbalbedo. É quase certo que o primitivo paço concelhio de Vila Garcia fosse a casa de um fidalgo, possivelmente chamado Gil (e, depois, Gil Barbedo pelas... barbas), que lá viveu em época muito longínqua, mas que terá sido o primeiro senhorio (ou donatário) do remoto couto de VIla Garcia, por mercê de algum dos reis da dinastia afonsina.
Em inícios do século XVIII ainda era referenciada a entrega de tributos em géneros à Casa de Gil Barbedo, mas por esse tempo a municipalidade já estava, desde há muito, sob jurisdição régia, exercida pelos corregedores da comarca de Viana, enquanto representantes natos do rei.
A alusão à entrega de tributos à Casa de Gil Barbedo, em 1706, pelo padre Carvalho da Costa, na sua Corografia Portuguesa, faz supor que a edificação senhorial ainda fosse utilizada, ao tempo, pelos serviços camarários e judiciais e que, só mais tarde, (possivelmente por ruína desse primitivo paço), a câmara, o tribunal e a cadeia tenham passado a funcionar num edifício vizinho, também muito antigo, mas que constitui agora uma relíquia da memória visual do antigo concelho de Vila Garcia.
O nome de Gil Barbedo já era pouco usado em Portugal nos inícios do século XVIII, por informação, na época do padre Carvalho da Costa, apesar de o considerar ainda "tão nobre". A memória colectiva do lugar de GiIbarbedo sempre atribuiu a origem do apelido Barbedo às supostas barbas proeminentes desse lendário fidalgo, registando ter sido por isso que ficou para a posteridade com o nome de Barbado, mas que terá degenerado em Barbedo, por deformação de linguagem.Entre os servidores do antigo concelho de Vila Garcia esteve Geraldo da Silva, um dos filhos de António Vilela da Silva, abade de Coucieiro, mas natural de S. Miguel de Prado. Gerardo da Silva exerceu em Gilbarbedo o ofício de tabelião entre 1649 e 1667.
A sede dessa antiga municipalidade sempre foi o lugar de Gilbalbedo. É quase certo que o primitivo paço concelhio de Vila Garcia fosse a casa de um fidalgo, possivelmente chamado Gil (e, depois, Gil Barbedo pelas... barbas), que lá viveu em época muito longínqua, mas que terá sido o primeiro senhorio (ou donatário) do remoto couto de VIla Garcia, por mercê de algum dos reis da dinastia afonsina.
Em inícios do século XVIII ainda era referenciada a entrega de tributos em géneros à Casa de Gil Barbedo, mas por esse tempo a municipalidade já estava, desde há muito, sob jurisdição régia, exercida pelos corregedores da comarca de Viana, enquanto representantes natos do rei.
A alusão à entrega de tributos à Casa de Gil Barbedo, em 1706, pelo padre Carvalho da Costa, na sua Corografia Portuguesa, faz supor que a edificação senhorial ainda fosse utilizada, ao tempo, pelos serviços camarários e judiciais e que, só mais tarde, (possivelmente por ruína desse primitivo paço), a câmara, o tribunal e a cadeia tenham passado a funcionar num edifício vizinho, também muito antigo, mas que constitui agora uma relíquia da memória visual do antigo concelho de Vila Garcia.
Os vínculos da casa nobre de Gil Barbedo passaram, em época ainda desconhecida, para os Abreus, Senhores do Concelho de Regalados, por informação, em 1706, do Padre Carvalho da Costa, na sua Corografia PORTUGUESA. Isto faz supor que os Abreus tenham sido também senhorios do concelho de Vila Garcia. Segundo Carvalho da Costa, a desanexação dos Senhores de Regalados da Casa de Gil Barbedo ocorre por morte de um dos seus varões primogénitos, Leonel de Abreu, possivelmente em meados do século XVI. A ligação dos Abreus à nobreza galega, já então muito castelhanizada, acentua–se através de alguns casamentos, influenciado, provavelmente, um comportamento favorável a Castela por parte de alguns descendentes durante a ocupação de Portugal pelos Filipes de Espanha. Tanto assim que o varão primogénito da Casa dos Abreus ao tempo da restauração da independência de Portugal do domínio espanhol, Pedro Gomes de Abreus fugiu para Espanha após a aclamação do Rei D. João XIV, vindo a perder os direitos de donatário do concelho de Regalados e, possivelmente, o vínculo senhorial que ainda pudesse ostentar em relação à Casa de Gilbarbedo ou ao próprio concelho de Vila Garcia. Mas não se sabe se foi nessa altura ou em época anterior a 1640 que o concelho de Vila Garcia passou a estar sujeito a jurisdição.
Fonte: Jornal Fronteira (Maio de 2010)
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