Nos inícios do século XVIII, a freguesia de Brufe chamar-se-ia Espírito Santo de Vila Garcia. Pelo menos assim a designa, em 1706, o padre Carvalho da Costa, na Corografia Portuguesa.
"(. ..) Desta Freguesia & parte da de Sibões, aonde tem outros tantos visinhos, se compoem o Concelho de Villa Garcia, que he del Rei".
"(. ..) Desta Freguesia & parte da de Sibões, aonde tem outros tantos visinhos, se compoem o Concelho de Villa Garcia, que he del Rei".

Depreende -se que Carvalho da Costa está a referir-se à freguesia do Espírito Santo de Brufe, como assim já era designada em meados do século XVIII. É que não havia outra, em 1706, a partilhar com Cibões o território desse antigo concelho, que tinha sede em Gilbarbedo. A omissão do padre Carvalho da Costa quanto à designação de Brufe não resultou, quase de certeza, de alguma falta de informação que pudesse levar o autor da Corografia Portuguesa a trocar os nomes à freguesia que teve sempre o Espírito Santo como orago.


A população também estava isenta de dar soldados, palha e éguas a outras praças militares, por estar encarregada de defender, juntamente com os moradores de Cibões, a área fronteiriça da serra Amarela, na raia seca com a Galiza. Era dever dos moradores de todo o concelho de Vila Garcia proteger a fronteira de qualquer ataque castelhano, pagando do próprio bolso pólvora e balas e outros utensílios bélicos. Obrigação que já vinha de contrato que o concelho celebrara com "antiquíssimas majestades", mas que ainda estava de "pedra e cal" no século XVIII.
Fonte: Jornal Fronteira (Maio de 2010)
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