terça-feira, 31 de julho de 2012

Excesso de álcool põe em risco a segurança dos terrabourenses

Durante muitos anos, a nossa Guarda Nacional Republicana não desempenhou com zelo a sua missão de fiscalização e trabalhou em auto-gestão, como acontece noutros organismos públicos do nosso concelho. Mas há uns anos a esta parte, alguém decidiu disciplinar o trabalho das nossas forças de segurança que passaram a estar mais atentas e, em lugar de estar no Posto «a jogar às cartas», passaram a ser mais interventivas e a estar mais vigilantes.
Disciplinou-se o estacionamento, diminuiu-se a criminalidade e a nossa GNR foi até notícia pela positiva nos jornais regionais. A nossa Guarda Republicana chegou a desmantelar redes organizadas, nomeadamente de lavagem e passagem de moeda falsa…
Mas mesmo assim, e apesar das provas dadas, continuou a fazer-se alguma propaganda contra as nossas forças de segurança. Na nossa terra, muitos acham que a nossa GNR serve apenas para nos dar os bons dias e participar nas procissões…
Mas eu quero felicitar a nossa GNR e, em particular o seu comandante, que, para nosso bem, tem exercido uma maior fiscalização, principalmente, junto dos condutores alcoolizados.
De facto, quem conduz sob os efeitos do álcool terá de ser fiscalizado e sancionado porque está a pôr em perigo e em risco não só a sua vida como também a vida dos outros.
Contudo, há na nossa terra uma corrente de opinião que defende um autêntico disparate: durante a realização dos eventos concelhios ou das nossas festas, a nossa Guarda Nacional Republicana devia não fiscalizar, escondendo-se à sombra e permitindo que as coisas acontecessem, simplesmente na mais completa inocência. Que inocentes que nós somos porque a Guarda Nacional Republicana devia, durante o período das festas, ignorar o cumprimento da lei e, tal como a cegonha meter a cabeça na areia e não fiscalizar o trânsito e, em particular, o consumo de álcool.
Defender-se que durante as Festas de S. Brás o consumo de álcool enraíza numa tradição cultural e turística terrabourense e que por esse motivo o seu consumo não deve merecer fiscalização e repressão, significa que estamos todos alucinados e malucos porque estamos a defender a ausência da lei. Queremos que o nosso concelho seja uma terra sem lei! Pura bacoquice!
Se alguém conduz sob os efeitos do álcool e põe em risco a segurança dos outro(s) condutor(es) inocente(s). Se alguém conduz sob os efeitos do álcool importunando quem nem tão pouco conhece, com manobras perigosas, perseguição em alta velocidade, tentativa de abalroamento pela traseira do carro perseguido, com uma condução irresponsável, inqualificável e altamente perigosa, com ultrapassagens nas linhas contínuas, com obstrução na via pública, com ameaças à integridade física de alguém que teve o azar de estar no local errado e com as pessoas erradas pergunto: devemos defender uma cidadania que não respeita o código da estrada e que põe em risco a segurança e a integridade física de um inocente indefeso?
José Guimarães Antunes

Sem comentários: