segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Diário do Minho - Presidente da ATAHCA faz balanço positivo de jornadas: pedido de classificação de manchas de carvalhos entregue até ao fim do ano

Pelo menos três manchas de carvalhos com mais de 200 anos, localizadas no Alto Cávado, vão integrar o pedido de classificação de interesse público a apresentar até ao fim do ano, adiantou ontem o presidente da Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem, Cávado e Ave (ATAHCA).
Tratam-se das manchas de carvalhos da Bouça da Mó, situada em pleno Parque Nacional da Peneda- Gerês, no concelho de Terras de Bouro, do lugar de Bezeguimbra, na freguesia de Valdreu, Vila Verde, e de Urjal, em Amares.
O grupo de trabalho ligado a este processo vai reunir em breve para começar a preparar o processo de candidatura, indicou José Mota Alves ao Diário do Minho no final das I Jornadas sobre o Carvalho e II Encontro Green Cork/ Floresta Comum, realizado no fim de semana no Museu de Vilarinho da Furna, no Campo do Gerês, Terras de Bouro.
O dirigente realçou a importância desta candidatura para a preservação e valorização de uma espécie que tem sofrido grande desbaste em território minhoto.
A preservação e regeneração do carvalhal e de outras espécies autóctones esteve em destaque nestas Jornadas, que incluíram uma ação de plantação em Campo do Gerês na qual participaram centenas de pessoas, entre as quais o músico Rui Reininho, vocalista do grupo GNR, que, além de contribuir para a plantação de carvalhos, incentivou e congratulou todos os participantes que se envolveram nesta ação.
«O balanço destas jornadas é extremamente positivo», disse José Mota Alves, referindo que esta ação no terreno permitiu reflorestar com carvalhos uma parte de floresta que não tinha esta árvore autóctone.
As jornadas, que conta ram com participação de 150 pessoas, permitiram ainda, disse o dirigente, sensibilizar professores e proprietários para a importância da reflorestação com espécies autóctones, e realçar a sua importância para a biodiversidade dos ecossistemas e para a economia dos territórios.
«Daqui a alguns anos, o norte do país pode ter uma área substancial não só de carvalhos como também de sobreiros que são uma fonte de riqueza», assinalou.
Estas jornadas, que incluíram ainda uma colheita de sementes, ajudaram também a definir estratégias em relação ao próximo quadro comunitário de apoio (2014-2020), do qual o presidente da ATAHCA espera possa apoiar o património, o turismo, projectos agrícolas, a agroindustria, a internacionalização dos produtos agrícolas (vinhos, produtos transformados, frutos) e a parte florestal.
Fonte: Diário do Minho, em 25-11-2013

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