O desafio foi lançado ontem pelo comandante do Destacamento Territorial de Braga da GNR, tenente-coronel Tinoco Ferreira, durante as comemorações dos 97 anos da chegada da GNR a Braga.
“A ideia da presença da GNR no Gerês precisa de ser estudada. Seria uma unidade de montanha pensada para responder ao policiamento da zona”, disse o tenente - coronel Tinoco Ferreira. O responsável máximo da GNR no distrito de Braga adiantou que a nova unidade, caso seja criada, será formada por “pessoal especializado em patrulhamento de montanha” e que deverá incluir pessoal do Posto Territorial da GNR do Gerês e do SEPNA (Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente). A ideia, considerou o responsável máximo da GNR no distrito de Braga, devia ser debatida por várias entidades, nomeadamente as câmaras municipais e a direcção do Parque Nacional da Peneda - Gerês. O comando da GNR em Braga propôs também a criação, já em 2014 de um Núcleo de Investigação e Apoio à Vítima Específica (NIAVE).
“Os crimes cometidos contra pessoas desprotegidas, como os idosos e as crianças, são uma realidade e uma componente importante foi a investigação desses crimes. Temos tido bons resultados, mas com a criação desse núcleo penso que podemos melhorar um pouco essa investigação”, considerou Tinoco Ferreira.
O comandante da GNR no distrito apelou, também, a uma melhor atenção das chefias nacionais na distribuição de meios. Sobre os índices de criminalidade, o tenente-coronel Tinoco Ferreira referiu que foi registada uma evolução positiva, devido à “aposta na especialização, nas novas tecnologias e na formação”.
A cerimónia ficou marcada, também, pela atribuição de medalhas a alguns militares, e pela presença do presidente da Câmara Municipal d e Braga.
Ricardo Rio referiu que “a segurança é fundamental para a qualidade de vida” e que a autarquia está apostada numa “relação de colaboração com a GNR.
O autarca bracarense referiu, ainda, que em relação ao novo quartel da GNR estão a decorrer “contactos com o Ministério da Administração Interna (MAI)” e desejou que o “projecto venha a realizar-se” já que “o investimento está na agenda do MAI e será uma prioridade”.
O evento incluiu uma exposição de meios usados pela GNR nas diferentes missões, patente junto ao Auditório Vita.
“Temos os meios que o país deixa ter”
Presente na cerimónia dos 97 anos da GNR em Braga, o comandante operacional, tenente--general José Mourato Caldeira, disse estar “sensibilizado para as necessidades do comando de Braga, mas nem tudo é possível.”
Em relação à unidade a criar no Gerês, especializada no patrulhamento de montanha, o comandante operacional considerou que “as especializações têm um preço. O pessoal tem de ser subtraído a outros serviços. É como a manta que se estica de um lado e desprende-se do outro.
Em relação à distribuição de meio Mourato Caldeira justificou-se dizendo que “os meios não dependem de nós. Nós temos os meios que o país nos deixa ter. Tudo envolve custos, A única coisa em que posso intervir é nos critérios da distribuição de meios”.
Ainda assim, o comandante operacional da GNR alegou que “Braga apesar de ser uma zona preocupante, tem os índices de criminalidade a baixar. Situa-se num patamar intermédio. Vamos dar prioridade a toda a zona interior com áreas mais vastas”.
Mourato Caldeira recordou com alguma dose de emoção, a morte de um militar e de um cão da GNR em serviço durante o sequestro ocorrido no Pinhal Novo. Foi aplaudido pela assistência.
Fonte: correio do Minho, em 27-11-2013
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