sábado, 22 de maio de 2010

O Gerês Antigo

Como quem agarra numa mão cheia de cerejas - que não tardarão a chegar -a história, por fazer, da Vila do Gerês compara-se: quando se pega num facto, aparecem-nos, em catadupa, outros mais encadeados que obrigam a particular minúcia e detalhe na investigação.
Assim sucedeu com a castiça figura do Eiras por nós abordada na edição anterior, na pessoa do António Joaquim Eiras, abastado comerciante ligado à exploração das carruagens puxadas a cavalos que garantiam a ligação diária destas termas a Braga, e proprietário da Casa Eiras, onde depois funcionaria, como vimos, a Pensão Avenida. Dono foi também da Pensão Geresiana, anteriormente denominada Ibéria, primeiramente pertença de Lino Ribeiro, genro do Mestre Serafim, que a venderia ao referido Eiras, também sogro de Álvaro José Ribeiro pelo primeiro casamento deste, que viria posteriormente a adquirir a referida Pensão Geresiana, casando, entretanto, em segundas núpcias com a D. Deolinda Ribeiro, mãe do Prof. Emídio Ribeiro, de que falamos noutra peça desta edição, a propósito do centenário do seu nascimento.
Centrando-nos, então, na figura do António Joaquim Eiras, do qual existem entre nós vários netos e bisnetos, sabe-se que pesava 130 quilos e sobre ele existem versões contraditórias quando o apontam como pesando 200 quilos e vivendo em três séculos: nasceu no século XVIII, viveu todo o século XIX e morreu nos começos do século XX, com 109 anos de idade.
Fonte: Jornal Geresão, em 20 de Maio de 2010

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