O nome do mês de Maio terá tido origem em Maia, mãe de Mercúrio, e a ele está ligado o costume de enfeitar as janelas e as portas das casas com flores de giestas com flores amarelas. A origem da tradição das Maias, em Terras de Bouro, perde-se no tempo. Desde criança que vejo, anualmente, os ramos das giestas em flor ou até mesmo coroas feitas de ramos de giestas, nas portas e nas janelas das casas ou nos automóveis. Em criança, lembro-me de ir às Maias, sempre no dia 30 de Abril. Depois, em tudo quanto era porta e janela colocávamos os ramos das Maias para que nenhuma janela, porta ou buraco ficasse desprotegido. Era a forma de impedirmos à tentativa de entrada do mafarrico: do diabo. De facto, para nós terrabourenses, a colocação das giestas em flor amarela (das Maias) faz-se na noite de 30 de Abril para 1 de Maio e destina-se a espantar o diabo que anda à solta. Por isso, a colocação de giestas torna as casas floridas e, no momento em que raia o dia e o «Maio», o Diabo não poderá entrar nas nossas casas.
As celebrações do 1.º de Maio, na nossa terra, têm por objectivo formas efectivas de protecção e de esconjuro a opor à insegurança da vida e à omnipresente ameaça do mal, personificado no Diabo que anda à solta.
Como somos prevenidos e seguimos escrupulosamente a tradição, aqui, na nossa terra, o Diabo por muito que tente não entra! Mas que ele anda por aí, anda...Tradição das maias
De 30 de Abril para 1 de Maio é tradição que se coloquem à porta de casa as giestas floridas, a que também se dá o nome de maias por florirem em Maio. Esta é a tradição que no Minho. Por crendice ou simplesmente por tradição um pouco por todo o distrito é possível ver as portas e janelas enfeitadas com os ramalhetes de maias. Diz-se que as origens desta tradição está ligada a ritos de fertilidade, do início da Primavera e do novo ano agrícola, mas há, também, quem diga que afasta o mau-olhado, as bruxas de casa e o diabo.
No Minho, Douro Litoral e Beira Litoral o ritual passa pela colocação de maias nas janelas, portas e varandas e até nos automóveis e tractores. Todavia, nas restantes regiões do país este dia é, ou era, celebrado de uma forma algo diferente. Em Trás-os-Montes, além de se enfeitarem as portas das casas com flores de giestas, as raparigas adornam um menino que dizem representar o “Maio-moço” e passeiam-no pelas ruas com grande ruído alegre, cantando e bailando em volta dele. Na Beira-Alta e na Beira-Baixa (embora nesta apareça excepcionalmente um boneco de palha) são também rapazes ataviados de giestas quem personifica o “Maio”, centralizando o peditório cerimonial em dinheiro ou castanhas.
Na Estremadura, a “Maia” é uma rapariguinha adereçada com flores que percorre as ruas da povoação acompanhada pelas companheiras.
No Alentejo, com particular incidência em Beja, as “Maias” são meninas que vestem de branco e enfeitam com flores, pondo-lhes na cabeça um coroa de mais flores, e sentando-as em cadeiras, à esquina de alguma rua, nalgum largo ou junto à porta de sua casa. No seu trono enfeitado de rosas se aquietam algumas horas, enquanto companheiras mais crescidas, com pequenas bandejas na mão, pedem a quem passa: “Meu senhor, um tostãozinho para a maia”.
No Algarve, em quase todas as casas é costume arranjar-se um grande boneco de palha de centeio, farelos e trapos que depois vestem de branco e cercam de flores. É a “Maia” colocada à vista de quem passa.
Este hábito de se colocarem giestas amarelas às portas, nas janelas e nas varandas não se perdeu, assim como perdura o costume de se fazerem bonecos de palha. No entanto, esta tradição das meninas vestidas de Maia ficou cada vez mais esquecida no tempo não havendo relatos de que se continue a cumprir. Todavia, no 1º de Maio, não há só esta tradição ligada aos ramalhetes de Maias e aos “Maios” e à bonecada satírica, mas também se verificam práticas de manjares rituais como, por exemplo, o costume de se comerem castanhas com o objectivo de conjurar o “Maio”, o “Burro” ou o “Carrapato”.
As celebrações do 1.º de Maio, na nossa terra, têm por objectivo formas efectivas de protecção e de esconjuro a opor à insegurança da vida e à omnipresente ameaça do mal, personificado no Diabo que anda à solta.
Como somos prevenidos e seguimos escrupulosamente a tradição, aqui, na nossa terra, o Diabo por muito que tente não entra! Mas que ele anda por aí, anda...Tradição das maias
De 30 de Abril para 1 de Maio é tradição que se coloquem à porta de casa as giestas floridas, a que também se dá o nome de maias por florirem em Maio. Esta é a tradição que no Minho. Por crendice ou simplesmente por tradição um pouco por todo o distrito é possível ver as portas e janelas enfeitadas com os ramalhetes de maias. Diz-se que as origens desta tradição está ligada a ritos de fertilidade, do início da Primavera e do novo ano agrícola, mas há, também, quem diga que afasta o mau-olhado, as bruxas de casa e o diabo.
No Minho, Douro Litoral e Beira Litoral o ritual passa pela colocação de maias nas janelas, portas e varandas e até nos automóveis e tractores. Todavia, nas restantes regiões do país este dia é, ou era, celebrado de uma forma algo diferente. Em Trás-os-Montes, além de se enfeitarem as portas das casas com flores de giestas, as raparigas adornam um menino que dizem representar o “Maio-moço” e passeiam-no pelas ruas com grande ruído alegre, cantando e bailando em volta dele. Na Beira-Alta e na Beira-Baixa (embora nesta apareça excepcionalmente um boneco de palha) são também rapazes ataviados de giestas quem personifica o “Maio”, centralizando o peditório cerimonial em dinheiro ou castanhas.
Na Estremadura, a “Maia” é uma rapariguinha adereçada com flores que percorre as ruas da povoação acompanhada pelas companheiras.
No Alentejo, com particular incidência em Beja, as “Maias” são meninas que vestem de branco e enfeitam com flores, pondo-lhes na cabeça um coroa de mais flores, e sentando-as em cadeiras, à esquina de alguma rua, nalgum largo ou junto à porta de sua casa. No seu trono enfeitado de rosas se aquietam algumas horas, enquanto companheiras mais crescidas, com pequenas bandejas na mão, pedem a quem passa: “Meu senhor, um tostãozinho para a maia”.
No Algarve, em quase todas as casas é costume arranjar-se um grande boneco de palha de centeio, farelos e trapos que depois vestem de branco e cercam de flores. É a “Maia” colocada à vista de quem passa.
Este hábito de se colocarem giestas amarelas às portas, nas janelas e nas varandas não se perdeu, assim como perdura o costume de se fazerem bonecos de palha. No entanto, esta tradição das meninas vestidas de Maia ficou cada vez mais esquecida no tempo não havendo relatos de que se continue a cumprir. Todavia, no 1º de Maio, não há só esta tradição ligada aos ramalhetes de Maias e aos “Maios” e à bonecada satírica, mas também se verificam práticas de manjares rituais como, por exemplo, o costume de se comerem castanhas com o objectivo de conjurar o “Maio”, o “Burro” ou o “Carrapato”.
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