sexta-feira, 30 de abril de 2010

A tradição das Maias e dos Maios em Terras de Bouro

O nome do mês de Maio terá tido origem em Maia, mãe de Mercúrio, e a ele está ligado o costume de enfeitar as janelas e as portas das casas com flores de giestas com flores amarelas. A origem da tradição das Maias, em Terras de Bouro, perde-se no tempo. Desde criança que vejo, anualmente, os ramos das giestas em flor ou até mesmo coroas feitas de ramos de giestas, nas portas e nas janelas das casas ou nos automóveis. Em criança, lembro-me de ir às Maias, sempre no dia 30 de Abril. Depois, em tudo quanto era porta e janela colocávamos os ramos das Maias para que nenhuma janela, porta ou buraco ficasse desprotegido. Era a forma de impedirmos à tentativa de entrada do mafarrico: do diabo. De facto, para nós terrabourenses, a colocação das giestas em flor amarela (das Maias) faz-se na noite de 30 de Abril para 1 de Maio e destina-se a espantar o diabo que anda à solta. Por isso, a colocação de giestas torna as casas floridas e, no momento em que raia o dia e o «Maio», o Diabo não poderá entrar nas nossas casas.
As celebrações do 1.º de Maio, na nossa terra, têm por objectivo formas efectivas de protecção e de esconjuro a opor à insegurança da vida e à omnipresente ameaça do mal, personificado no Diabo que anda à solta.
Como somos prevenidos e seguimos escrupulosamente a tradição, aqui, na nossa terra, o Diabo por muito que tente não entra!
Mas que ele anda por aí, anda...Tradição das maias
De 30 de Abril para 1 de Maio é tradição que se coloquem à porta de casa as giestas floridas, a que também se dá o nome de maias por florirem em Maio. Esta é a tradição que no Minho. Por crendice ou simplesmente por tradição um pouco por todo o distrito é possível ver as portas e janelas enfeitadas com os ramalhetes de maias. Diz-se que as origens desta tradição está ligada a ritos de fertilidade, do início da Primavera e do novo ano agrícola, mas há, também, quem diga que afasta o mau-olhado, as bruxas de casa e o diabo.
No Minho, Douro Litoral e Beira Litoral o ritual passa pela colocação de maias nas janelas, portas e varandas e até nos automóveis e tractores. Todavia, nas restantes regiões do país este dia é, ou era, celebrado de uma forma algo diferente.
Em Trás-os-Montes, além de se enfeitarem as portas das casas com flores de giestas, as raparigas adornam um menino que dizem repre­sentar o “Maio-moço” e passeiam-no pelas ruas com grande ruído alegre, cantando e bailando em volta dele. Na Beira-Alta e na Beira-Baixa (embora nesta apareça excepcionalmente um boneco de palha) são também rapazes ataviados de giestas quem personifica o “Maio”, centralizando o peditório cerimonial em dinheiro ou castanhas.
Na Estremadura, a “Maia” é uma rapariguinha adereçada com flores que percorre as ruas da povoação acompanhada pelas companheiras.
No Alentejo, com particular incidência em Beja, as “Maias” são meninas que vestem de branco e enfeitam com flores, pondo-lhes na cabeça um coroa de mais flores, e sentando-as em cadeiras, à esquina de alguma rua, nalgum largo ou junto à porta de sua casa. No seu trono enfeitado de rosas se aquietam algumas horas, enquanto companheiras mais crescidas, com pequenas bandejas na mão, pedem a quem passa: “Meu senhor, um tostãozinho para a maia”.
No Algarve, em quase todas as casas é costume arranjar-se um grande boneco de palha de centeio, farelos e trapos que depois vestem de branco e cercam de flores. É a “Maia” colocada à vista de quem passa.
Este hábito de se colocarem giestas amarelas às portas, nas janelas e nas varandas não se perdeu, assim como perdura o costume de se fazerem bonecos de palha. No entanto, esta tradição das meninas vestidas de Maia ficou cada vez mais esquecida no tempo não havendo relatos de que se continue a cumprir
. Todavia, no 1º de Maio, não há só esta tradição ligada aos ramalhetes de Maias e aos “Maios” e à bonecada satírica, mas também se verificam práticas de manjares rituais como, por exemplo, o costume de se comerem castanhas com o objectivo de conjurar o “Maio”, o “Burro” ou o “Carrapato”.

Casa vandalizada na vila de Terras de Bouro

Esta casa, localizada no Paço, encontra-se desabitada há muito tempo. Em tempos funcionou aqui uma barbearia no n.º557, mas o barbeiro mudou-se para junto da Pensão Rio Homem e, como ninguém mais utilizou este espaço, a degradação cresceu e é bem visível. Esta porta escancarada, junto à Escola Padre Martins Capela, está neste estado. Infelizmente, a realidade é a que mostra a foto.
Senhores com responsabilidade da nosa terra é preciso encontrar solução para pôr fim ao vandalismo desta casa…

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Câmara Municipal de Terras de Bouro: Agenda Municipal

No Boletim Municipal de Março, a Câmara de Terras de Bouro prevê:
- Comemoração do Dia Internacional dos Museus (16 de Maio – Portas Abertas)
- XV Edição do Torneio de Futebol de 5 de Terras de Bouro (Maio-Junho)
- III ultra trail Geira – via romana (23 de Maio)
- VIII Encontro de Tocadores de Concertinas (30 de Maio)
- Caminhadas na Natureza Terras de Bouro/Gerês
- Subida da Vezeira (16 de Maio-Gerês)
- Trilho de S. Bento (5 de Junho pelas 9 horas)

Terras de Bouro: Via Nova ou Geira

A via Romana XVIII, Via Nova ou Geira, é a via em melhor estado de conservação de todo o antigo Império Romano. Esta percorre o nosso concelho numa extensão de 30 km e possui a maior concentração de marcos miliários de todo o Noroeste Peninsular e é considerada desde Maio de 2003 Património Nacional.


Fonte: Boletim Municipal de Terras de Bouro

Via Nova ou a Geira: monumento histórico único

O Projecto
A VIA NOVA, em especial o traçado entre o lugar de Via Cova, Amares e Baños de Rio Caldo, Lovios, constitui um monumento excepcional, um património científico, cultural, pedagógico e turístico único. A possibilidade de percorrer o caminho romano, ao longo de quilómetros, quase sem interrupções, os extensos troços de calçada, a quantidade invulgar de miliários, as ruínas de pontes sobre rios caudalosos, as pedreiras de onde se extraíam os miliários, a visibilidade da via para a envolvente, o contexto paisagístico em que se insere, formam um recurso notável. A quantidade de miliários concentrados neste tramo da VIA NOVA, sem paralelo noutras áreas do Império Romano, a floresta que os envolve, suscitam uma magia extraordinária, resumida por uma arqueóloga italiana, da Universidade de La Sapienza de Roma, numa feliz expressão: “Foresta di Migliari”. Para valorizar este património várias entidades, lideradas pela Câmara Municipal de Terras de Bouro, apresentaram ao Programa Interreg IIIA o Projecto “A Geira na Serra do Gerês”.

A Via Nova - História
No conjunto da rede viária do extenso império romano, o caminho entre Bracara Augusta (Braga) e Asturica Augusta (Astorga – Província de Léon), por Bergidum Flavium (Ponferrada), constitui um testemunho excepcional de uma época em que a Europa era um espaço comum. A construção da VIA NOVA, na segunda metade do século I d.C. reforçou a malha viária, permitindo o reordenamento territorial, a intensa actividade mineira, com destaque especial para o ouro, contribuindo a longo prazo para a emergência de uma entidade histórica que perdurou ao longo dos milénios: a Callaecia.

Construção e manutenção da VIA NOVA
O traçado da VIA NOVA foi cuidadosamente planeado por arquitectos, engenheiros e pelos gromatici, os topógrafos que, apesar dos utensílios rudimentares, já calculavam com exactidão as distâncias, os declives. A VIA NOVA foi construída de tal modo que, apesar de cruzar um espaço montanhoso com serras que chegam aos dois mil metros, só em alguns tramos, pouco extensos, alcança 900 metros. Os miliários de Tito e Domiciano documentam a abertura da via.
O granito e o xisto, que formam o substrato rochoso ao longo de grande parte do traçado da via, foram utilizados de forma abundante, nos pavimentos lajeados, nos muros de suporte, nas obras de arte, nos miliários. Num contexto climático com alta pluviosidade, com pendores significativos, o traçado da VIA NOVA estava sujeito a processos erosivos intensos, justificando sucessivas obras de manutenção. Os miliários de Maximino e Máximo apresentam um texto muito expressivo, referindo o restauro de pontes e caminhos deteriorados pelo tempo.
O Cursus Publicus
A rede viária romana sustentava o funcionamento do Cursus Publicus, essencial ao bom governo do vasto império romano. Os três pilares do Cursus Publicus eram as mansiones, as mutationes e os miliários. As mansiones eram locais de descanso, onde os viandantes podiam comer, dormir, tomar banho e abastecer-se para prosseguir a viagem. As mutationes eram estações de muda, onde se podia trocar de cavalo. Situados à beira da via, estes equipamentos asseguravam o correio, a velocidade dos mensageiros, o trânsito de militares, de funcionários e de todos os caminhantes que, pelos mais variados motivos, percorriam as estradas. Os miliários balizavam a via, assinalando as distâncias aos caput viarum, ou seja aos nós rodoviários. No caso do tramo da VIA NOVA entre Baños de Rio Caldo e Amares, os miliários marcavam a distância a Bracara Augusta.
Viajar na Geira
Percorrer a VIA NOVA entre Amares e Lobios é regressar a um tempo perdido, em que os meios de transportes e o ritmo de vida eram diferentes. Devido ao bom estado de conservação é possível caminhar, ao longo da estrada romana, quase sem interrupções, perto de 40 KM, o que é raro, tanto em Portugal como em Espanha.

A Paisagem
Numa pequena extensão a VIA NOVA, entre Amares e Lobios atravessa paisagens muito variadas, desde a zona urbana de Braga, com uma elevada densidade construtiva até à Mata de Albergaria, considerada uma reserva integral do Parque Nacional da Peneda-Gerês. O contexto paisagístico da VIA NOVA é, pois, excepcional, permitindo aos viajantes apreciar panorâmicas diversificadas, aprender a gostar da Natureza e conhecer a estrutura agrária da região.

Fonte: Câmara Municipal de Terras de Bouro

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Terras de Bouro perde jogo em atraso

Hoje, a Associação Desportiva de Terras de Bouro recebeu o Forjães e perdeu o encontro por 2-0. Com dois golos marcados na 2.ª parte, o Forjães consolidou a liderança somando agora mais 4 pontos do que Terras de Bouro. O nosso clube encontra-se no 2.º lugar da tabela classificativa com mais um ponto do que a UD Vila Chã (3.º classificado) e com mais dois pontos do que a AD Ninense (4.º classificado).
Este resultado não compromete a nossa subida à divisão de honra. Contudo, não poderemos perder os próximos encontros, nomeadamente o jogo da próxima jornada na Vila do Gerês.

terça-feira, 27 de abril de 2010

ATAHCA: missão e área de intervenção

Áreas de Intervenção
O território onde esta Associação vem intervindo ao longo destes anos é composto pelos concelhos de Amares, Póvoa de Lanhoso, Terras de Bouro e Vila Verde, com uma área de 719,5 km2, onde vivem cerca de 90 000 habitantes, estendendo-se esta influência ao concelho de Vieira do Minho, o qual entre 1991-95 ainda fez parte, juntamente com os concelhos atrás referidos, da zona de intervenção do Programa de Iniciativa Comunitária LEADER, do qual a ATAHCA foi e continua a ser a entidade gestora, quer na segunda (LEADER II 1997-2001) e terceira (LEADER+ 2002-2006) gerações desta iniciativa.
Constituem esta Associação, as Autarquias Locais dos quatro concelhos, Cooperativas agrícolas e de artesãos, Regiões de Turismo do Alto Minho e Verde Minho, Caixas de Crédito Agrícola, Associações e outras entidades colectivas locais diversas, assim como particulares.

Missão
Com a criação da ATAHCA foi possível iniciar uma nova dinâmica de desenvolvimento para esta região, desde logo pela fixação de um corpo técnico especializado, que iniciou um trabalho de prospecção, análise e diagnóstico do território, a partir do qual se estabeleceu uma estratégia de desenvolvimento baseada na valorização do potencial endógeno local, tendo como principais linhas de força: - Mobilização das capacidades inovadoras locais, de modo a reinventar novos modelos e sistemas, adaptados às novas realidades e desafios com que o meio rural se depara, permitindo dinamizar o seu tecido sócioeconómico; - Sensibilizar e promover a preservação e valorização dos recursos naturais, patrimoniais e culturais, como garantia da salvaguarda da identidade e diversidade locais; - Promover e estabelecer relações de proximidade entre entidades públicas e privadas, que se identifiquem com este modelo de desenvolvimento, através de acções de cooperação, troca de experiências, parcerias e promoção no exterior dos produtos e potencialidades locais; - Reforçar os mecanismos de informação e formação da população, através da melhoria da qualidade dos serviços de apoio e proximidade.

Estatuto Jurídico
Associação
Data de Constituição
4 de Setembro de 1991
Projectos em Curso
LEADER + - Aldeia da Saudade; Itinerários; Apoio à Produção, transformação e Comerciaçização dos Produtos Locais;, Equipamentos sociais, turísticos e culturais; Valorização dos espaços naturais
AGRIS - recuperação de imóveis de traça tradicional (habitações, espigueiros, sequeiros e moinhos) e de requalificação de espaços públicos e colectivos (zonas de lazer, parques de merendas, espaços museológicos, itinerários pedestres, etc)
Club BIORED Projecto Transnacional) - Aldeias da Tradição, Formação Profissional,
Valores
A ATAHCA – Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem, Cávado e Ave, nasce da falta de uma verdadeira estratégia de desenvolvimento rural integrado, capaz de contrariar o adormecimento e perca de identidade que o meio rural desta região atravessava, traduzidos no acentuado êxodo dos mais jovens e habilitados, na fraca dinamização sócioeconómica, diminuição da importância do sector agrário, descaracterização dos usos e costumes tradicionais e na diminuição da auto-estima da população local.
Serviços Prestados
Formação profissional
Observações
Ao Alto Cávado corresponde uma área territorial que abrange os concelhos Amares, Póvoa de Lanhoso, Terras de Bouro e Vila Verde, todos eles pertencentes ao distrito de Braga e com inserção no noroeste da província do Minho, fazendo fronteira com a Espanha (Região da Galiza) no limite norte de Terras de Bouro, incluída na Nut II- Região Norte e Nut III – Cávado e Ave.
A área abrangida é constituída por 719,5 Km2 , cabendo o destaque, pela elevada importância natural e ambiental, a 150 km2 respeitantes à área do Parque Nacional da Peneda Gerês. Quanto à delimitação geográfica, a zona de intervenção confronta a Norte com o concelho de Ponte da Barca, a Nordeste e Este faz fronteira com Espanha, a Sudeste confronta com o concelho de Vieira do Minho e Fafe, a Sul confronta com os concelhos de Guimarães e Braga, a Sudoeste e Oeste confronta com o concelho de Barcelos e a Nordeste confronta com o concelho de Ponte de Lima.
Também merece realce o facto de a área de intervenção ser banhada por diversos e importantes cursos de água, como os rios Ave, Cávado e Homem, portadores de uma infinidade de potencialidades.
Em termos de características orográficas o território possui três sub-zonas bem distintas e demarcadas pelas características orográficas vigentes, a saber: - sub-zona de várzea – com altitudes inferiores a 100 m, é a zona de planície correspondente à penetração da faixa litoral no interior através dos vales dos rios, onde a pluviosidade é mais atenuada, onde a dimensão da propriedade agrícola é mais elevada, proporcionando a prática de actividades agrárias mais produtivas e rentáveis e consequentemente com maior implantação nos mercados (bovinos de leite, milho, vinho, hortofloricultura) - sub-zona de meia-encosta – continuando a caminhar para o interior do território deparamos com uma zona de transição com cotas que podem oscilar entre os 100 e os 700 metros. Esta topografia vem sendo ao longo dos anos transformada e adaptada pelo homem através do terraceamento das encostas, transformando em zonas de cultivo áreas que estariam eventualmente destinadas a florestação. - sub-zona de montanha – com altitudes acima dos 700 metros compreende como pontos mais importantes as serras Amarela (1216 m) e do Gerês (1507 m), com os seus espaços naturais protegidos incluídos no Parque Nacional da Peneda Gerês.

População
Densidade (hab/km2) - 134
Habitantes (n.º) - 96222
Com menos de 25 anos (%) - 36.17
De 25 anos a 64 anos (%) - 48.46
Com mais de 64 anos (%) - 15.37

Economia e emprego
Índice PIB/habitante (UE=100) n.d.
Taxa de desemprego (%) - 5,5
Sector Primário (%) - 21
Sector Secundário (%) - 46
Sector Terciário (%) - 33

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Santa Isabel é uma das “aldeias da saudade”de Terras de Bouro

A Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem, Cávado e Ave (ATACHA) destaca, hoje no jornal “Diário do Minho”, que Santa Isabel tem 29 moinhos de rodízio recuperados.



Cortinhas é uma das “aldeias da saudade”de Terras de Bouro

A Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem, Cávado e Ave (ATACHA) afirma, hoje no jornal “Diário do Minho”, que este lugar de Brufe reúne um conjunto de casas típicas em granito e que ainda hoje acontecem as vezeiras.

Covide é uma das “aldeias da saudade” de Terras de Bouro

A Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem, Cávado e Ave (ATACHA) afirma, hoje no jornal “Diário do Minho”, que Covide conserva um bonito cruzeiro, vários espigueiros, um poço e um moinho de rodízio com paredes de pedra. Sublinha que esta freguesia tem, entre outros, um centro de produção e venda de produtos locais.

Brufe é uma das “aldeias da saudade”de Terras de Bouro

A Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem, Cávado e Ave (ATACHA) afirma, hoje no jornal “Diário do Minho”, que Brufe tem um património tradicional bem preservado.

Cutelo é uma das aldeias típicas de Terras de Bouro

A Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem, Cávado e Ave (ATACHA) afirma, hoje no jornal “Diário do Minho” que Cutelo, situado na freguesia de Cibões, é uma das aldeias típicas de Terras de Bouro.

Tintos naturais da serra Amarela usados no vestuário

Na reportagem, publicada hoje no “Diário do Minho”, a Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem, Cávado e Ave (ATACHA) afirma que quer recuperar tintos naturais usados no vestuário.

Trilhos de Terras de Bouro precisam de manutenção

Na reportagem publicada hoje no “Diário do Minho”, lembra-se que os concelhos da Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem, Cávado e Ave (ATACHA) têm 30 trilhos, 20 deles em Terras de Bouro. Um dos que está a precisar de uma intervenção rápida é o Trilho do Contrabando.

Terras de Bouro: valorização das “aldeias da saudade”

Hoje, o jornal “Diário do Minho” publica uma reportagem em que a Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem, Cávado e Ave (ATACHA) em que se afirma que Terras de Bouro tem “aldeias da saudade” que são autênticos miradouros de onde se pode desfrutar uma paisagem única. José Mota Alves aponta, como exemplos, Cutelo Brufe e Cortinhas todas de Terras de Bouro.

ATACHA reforça intervenção em Terras de Bouro

Hoje, o jornal “Diário do Minho” publica uma reportagem em que afirma que a Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem, Cávado e Ave (ATACHA) vai reforçar a sua acção nas denominadas “aldeias da saudade”, distribuídas pelos concelhos de Vila Verde, Terras de Bouro, Amares e Póvoa de Lanhoso.

«A Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem, Cávado e Ave (ATAHCA) vai reforçar a sua acção nas designadas "aldeias da saudade", distribuídas pelos concelhos de Vila Verde, Terras de Bouro, Amares e Póvoa de Lanhoso.
Segundo o presidente, José Mota Alves, a ATAHCA recepcionou 153 candidaturas ao Subprograma 3 do Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER), num valor global de 17 milhões de euros, destinando-se grande parte dos projectos para intervenções no património e desenvolvimento de actividades nestas aldeias turísticas (Aboim da Nóbrega, Gondomar, Santo António de Mixões da Serra (freguesia de Valdreu), em Vila Verde; Cutelo (freguesia de Cibões), Brufe, Cortinhas, Santa Isabel, Covide, em Terras de Bouro; Urjal (Amares) e Carreira (Póvoa de Lanhoso).
«A adesão ultrapassou em muito as nossas expectativas», disse o dirigente, frisando que este primeiro concurso para esta "abordagem LEADER" teve apenas a duração de um mês e a ATAHCA foi das associações, a nível nacional, que mais candidaturas recepcionou, o que denota a dinâmica da região».

Terras de Bouro: o Restaurante Lua de Mel recebe família socialista

O dia 25 de Abril juntou, novamente, a família socialista de Terras de Bouro.
O restaurante Lua de Mel, em Pesqueiras, foi o local escolhido para o convívio e confraternização. O largo do Lua de Mel, a Rua D. Manuel e a EN 205-3 apinharam-se de viaturas para mais um jantar dos socialistas terrabourenses.

domingo, 25 de abril de 2010

Vila de Terras de Bouro: Núcleo Rio Homem

No dia 6 de Março de 2002, através de escritura pública celebrada no 3.º Cartório Notarial de Braga, foi criado o Núcleo “Rio Homem”. Actualmente, o presidente da direcção é Bruno Freitas que foi eleito na assembleia eleitoral realizada no 16 de Maio de 2009.
Esta associação, sedeada na freguesia de Moimenta, não tem fins lucrativos e tem por áreas de intervenção a cultura, o desporto, o lazer e o ambiente.

Publico o texto escrito em Abril de 2002.



Um projecto com futuro
«No passado dia 6 de Março, o Núcleo “Rio Homem” ganhou existência formal, como pessoa jurídica, através de escritura pública realizada no 3.º Cartório Notarial de Braga.
A celebração da escritura foi o culminar de um processo iniciado no dia 12 de Outubro de 2001, onde cerca de três dezenas de pessoas decidiram constituir uma associação sem fins lucrativos, tendo como áreas de intervenção a cultura, o desporto, o lazer e o ambiente.
Mais recentemente, no passado dia 5 de Abril, foi realizada a primeira Assembleia Geral onde se destacam a aprovação do logótipo e do plano de actividades e orçamento para o ano corrente.
Neste momento decorre uma campanha de angariação de sócios, já que são os sócios o “ser”, a “alma” deste tipo de organizações. É por isso importante a adesão das pessoas, principalmente dos mais jovens, pois serão eles que, porventura, terão maior disponibilidade para aderir com empenho a este projecto.
Existe neste momento uma equipa sólida, motivada, responsável, em que valores como a independência, o altruísmo, a solidariedade e a transparência são a garantia de que este projecto chegará a bom porto.
Conscientes de que muito trabalho está por fazer, temos a noção que só com a participação de todos, permitindo uma maior divisão das tarefas, se criará uma dinâmica construtiva indispensável para a realização dos objectivos propostos».

Fonte: Núcleo Rio Homem

Terras de Bouro a um ponto do 1.º classificado

Hoje, dia 25 de Abril, a Associação Desportiva de Terras de Bouro regressou às vitórias e bateu em casa a UD Vila Chã por 2-0. Com este resultado, a UD Vila Chã perdeu a liderança e o Terras de Bouro ascendeu ao 2.º lugar estando agora a um ponto do Forjães.
Entretanto, na próxima quarta-feira o Terras de Bouro recebe o Forjães (jogo em atraso que já virou novela) e a vitória do nosso clube colocar-nos-á, novamente, em 1.º lugar.
O Grupo Desportivo do Gerês empatou sem golos no reduto do FC Tadim, mantendo-se no 6.º lugar da tabela classificativa.

Campo do Grupo Desportivo do Gerês à espera de um relvado

Pela fotografia, verificamos que o campo de futebol do Grupo Desportivo do Gerês precisa urgentemente de um relvado. Entretanto, deixo-vos com um texto publicado no Blogue do Ninense, assim como a fotografia desse jogo, cujo resultado beneficiou o Terras de Bouro.

Refiro-me ao jogo realizado no dia 18 de Abril, jornada 25.ª, em que o Gerês derrotou a AD Ninense por 1-0. Eis o texto publicado no Blogue do Ninense:
Ninense derrotado no Gerês após 16 jornadas
«Os Seniores perderam esta tarde excelente oportunidade para entrarem na zona de promoção, ao saírem derrotados do Gerês por uma bola a zero.
Os locais acabaram por ficar surpreendidos e tiveram mesmo que alargar a zona que tinham destinada aos visitantes, tantos foram os adeptos que se deslocaram para apoiar a nossa equipa.
O campo de jogos do Gerês é bem estreito, o que dificultou o futebol ninense, e beneficiou obviamente os da casa, mais habituados às dimensões do terreno.
O Gerês acabou por marcar praticamente na primeira vez que se acercou da baliza, e soube gerir o maior balanceamento do Ninense no jogo, lançando contra-ataques que criaram muito perigo para as redes de Álvaro.
Mesmo com esta derrota, nada está perdido, a massa associativa está com a equipa e continua a acreditar».

Terras de Bouro: Agrupamento de Escolas Vale do Homem

A história da escola da vila de Terras de Bouro teve início em 1974 com Veiga Simão.
«Em 1970 era preocupação municipal a criação de um ciclo preparatório, a instalar em edifício próprio, na sede do concelho. Foi ainda o Professor Veiga Simão (Fevereiro de 1974) que lançou a verba de 3 000 contos, para as suas instalações, cujo arranque só se deu em Agosto de 1975, para, finalmente, entrar em funcionamento em Janeiro de 1975 com quatro turmas, do 1.º ano e duas do 2.º ano, com 152 crianças. Em fins de 1976 foram entregues mais 8 salas. Em Março de 1976 foi solicitada a criação do ensino unificado, que só veio a concretizar-se, depois, no ano lectivo de 1977-78».

Lopes de Oliveira

Descubra as diferenças...

Terras de Bouro: passeio todo-o-terreno

Hoje, partiram da vila de Terras de Bouro umas boas dezenas de veículos todo-o-terreno e, também, umas boas dezenas de motos. Esta actividade todo-o-terreno está prevista para todo o dia. Os participantes, que levavam farnel, prevêem percorrer diversas localidades do concelho de Terras de Bouro.
Esta iniciativa que já se vai realizando com alguma regularidade visa acima de tudo a confraternização e também a fruição das belezas naturais do nosso concelho que são inesgotáveis.

Terras de Bouro: Torneio da Liberdade

Hoje, pelas 10 horas, teve início o Torneio da Liberdade.
Este torneio de futebol, organizado pela Associação Desportiva de Terras de Bouro, conta com a participação de Escolinhas de Formação do Distrito de Braga.
Bem haja, à Associação Desportiva de Terras de Bouro por promover estas iniciativas e, também, por ter nas suas Escolinhas quase uma centena de crianças de jovens terrabourenses. Apostar na formação é de facto obra! Uma grande obra…

Terras de Bouro: comemorações do 25 de Abril abrem com a actuação do grupo Verde Canto

Ontem, na vila de Terras de Bouro, junto aos Paços do Concelho, actuou o grupo de música popular “Verde Canto”.
Como jogava o Benfica a actuação só ganhou espectadores depois de terminado este jogo.
«O grupo Verde Canto é um projecto musical que se dedica à música tradicional portuguesa, Fundado em Março de 2005, este grupo tem actuado de norte a sul de Portugal, em todo o tipo de Festas e Romarias, aplaudido pelas suas actuações animadas e divertidas.
Agora com um CD já editado "Canto Verde", este grupo é uma garantia de um Espectáculo único nas nossas tradições que caracterizam o nosso País».

sábado, 24 de abril de 2010

NÓS POR CÁ: sinalização já chegou à Ponte de Pesqueiras

Na última sexta-feira, dia 22, no programa da SIC “Nós Por Cá” foi notícia o estrangulamento da estrada na ponte de Pesqueiras, logo que a atravessamos do lado de Vila Verde.
No mesmo dia, foi colocada sinalização no referido estrangulamento. É caso para se dizer que a televisão faz verdadeiros milagres!

sexta-feira, 23 de abril de 2010

João Luís Dias visita Biblioteca Escolar de Dume

Hoje, dia 23, João Luís Dias, escritor e presidente da CALIDUM – Clube de Autores Minhoto/Galaicos, esteve na Biblioteca Escolar de Dume para participar nas actividades da comemoração do “Dia Mundial do Livro”.
Para ver as fotografias clique AQUI

NÓS POR CÁ: Estrada entre Vila Verde e Terras de Bouro "emagreceu" sem aviso

Hoje, no programa da SIC “Nós Por Cá” foi notícia o estrangulamento da estrada na ponte de Pesqueiras, logo que a atravessamos do lado de Vila Verde.
Afirma-se no Nós Por Cá que “já vimos de tudo nas estradas portuguesas: largas e estreitas, com buracos ou sem alcatrão, com falta de sinalização ou com sinais a mais. Mas ainda assim, conseguimos ficar surpreendidos”.
Alguns terrabourenses falaram à reportagem da SIC sobre este estrangulamento que parece ainda não ter fim à vista.
Para ver o vídeo clique AQUI

quinta-feira, 22 de abril de 2010

João Luís Dias na Biblioteca Escolar de Dume

A convite da professora bibliotecária de Dume, o escritor João Luís Dias é o convidado de honra desta valência para comemorar o Dia Mundial do Livro. Na qualidade de Director do Agrupamento de Escolas de Palmeira, aproveito para agradecer a presença do nosso “Poeta da Montanha” e estou certo que, com o seu exemplo de vida, deliciará os nossos alunos contribuindo para a valorização do livro e da leitura.
Agradeço, ainda, alguns livros que oferecerá a esta biblioteca.
Clique aqui: Biblioteca de Dume - Agrupamento de Escolas de Palmeira

Dinis Rodrigues é o treinador do Terras de Bouro

Para suceder a Jorge Maia, o “Diário do Minho” informa que Dinis Rodrigues é o novo treinador do Terras de Bouro e que é hoje apresentado ao plantel.

Jorge Maia deixa comando do Terras de Bouro

Hoje, o jornal “Diário do Minho” publica a notícia “Jorge Maia deixou comando do Terras de Bouro”.
Este periódico noticia que o técnico Jorge Maia deixou o comando da Associação Desportiva de Terras de Bouro, equipa que está na luta pela subida à Divisão de Honra da Associação de Futebol de Braga.
A Associação Desportiva de Terras de Bouro, neste momento crucial do campeonato, deve, como espero, vencer em casa a UD Vila Chã e, também, o Forjães. São seis pontos em jogo e bem ao alcance da equipa da vila que só depende de si própria para subir de divisão.
Entretanto, como conheço a verticalidade e o carácter do terrabourense Jorge Maia, ele lá terá as suas razões que todos nós terrabourenses teremos de respeitar. Espero vê-lo brevemente a treinar outro clube e desejo-lhe as maiores felicidades.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

25 de Abril de 2010: a Associação Cultural de S. Mateus da Ribeira organiza caminhada pela Geira

No âmbito das Comemorações do 25 de Abril, a Associação Cultural de S. Mateus da Ribeira (ACRI) organiza uma Caminhada-Convívio pelo Trilho da Geira.
Com concentração pelas 10h30 e saída do Lugar de Gogide às 11h, esta caminhada partirá do deste lugar da freguesia da Ribeira e terminará em Covide.
A organização informa que a Câmara Municipal disponibiliza autocarro e lembra que cada participante deverá levar almoço volante. Informa, ainda, que a Autarquia realizará um seguro para os participantes.
Se no início do Trilho se verificarem condições atmosféricas adversas, esta actividade poderá ser cancelada.
Esperemos que o S. Pedro, no dia 25 de Abril, não se lembre de ter o mau gosto de preparar a partida de dar aos participantes condições atmosféricas adversas.
Parabéns à Associação Cultural de S. Mateus da Ribeira por esta iniciativa que valoriza a beleza paisagística e natural da nossa terra.



Como participar nesta inciativa?
Poderá fazer a sua inscrição por e-mail, remetendo os dados seguintes: nome, data de nascimento, número de contribuinte, profissão e n.º de telefone/telemóvel.
A data-limite de inscrição é o dia 21 de Abril (4.ª feira) para os seguintes e-mails:
acri.ribeira.tbr@gmail.com
acri.ribeira@portugalmail.pt

João Luís Dias: “Uma espécie de crónica”

Uma espécie de crónica
Desta vez queria escrever um texto fantástico. Como que uma espécie de crónica, onde nela desenvolvesse uma ideia genial e aí soltasse todas as melhores palavras e com elas prendesse à leitura até o mais desprendido destas coisas da escrita. Desta vez queria escrever algo mesmo soberbo!
Bem, mas não o conseguirei, claro. Que raio de mania tenho de me iludir com feitos inatingíveis! Que apetência tenho para me deixar perder em delírios do espírito, emoldurados de ambição desmedida!...
Desta vez queria escrever algo à maneira e obrigam-me os olhos a fixar-me em seis colunas de cimento armado, que sustentam um edifício com algumas janelas e sem varandas nenhuma.
Mas como poderei escrever alguma coisa que valha, se, para além das colunas e das paredes do edifício que aquelas suportam, só um passadiço frio tenho para procurar motivos para desenvolver num texto e nele alinhar mesmo as maiores palavras e as mais ricas figuras de estilo literário?!
Hoje, quando queria escrever o melhor recorte de palavras de sempre, tenho apenas para motivo de inspiração meia dúzia de colunas a suportar um edifício sem varandas e um passadiço, por onde se passa e cospe no chão.
Bem - passe o esquecimento - pregada na parede do edifício, fixado pelas colunas que, com o adiantado destas, formam uma espécie de arcada, existe uma caixa de levantamento automático – multibanco – onde, à míngua, se vai colhendo da parede o magro salário e reforma, a quem nem tempo lhes dão para poisarem, para algum temperamento, em depósito. E vão rindo os bolsos e vão gemendo os juros… e vão parando no passadiço, em frente à caixa aprisionada na parede do edifício com janelas mas sem varandas, aqueles que aos pouquinhos vão sacrificando o pé-de-meia, que um dia quiseram fazer crescer, acomodado e guardado na caixa-forte da sua legítima ambição, fruto do amargo trabalho de sol a sol de tantos dias!...
Queria escrever uma crónica maior e obrigam-me os olhos a colher inspiração em seis colunas, num edifício, numa arcada, num passadiço, numa caixa de levantamento automático, crucificada numa parede, onde se levanta à míngua dinheiro e se cospe no chão, enquanto se espera, como que por uma esmola da parede.
Queria escrever algo maior, soberbo, mas não é fácil, se aos meus olhos me prendo e eles me oferecem pouco… E nem em sei se, assim, conseguirei, com vontade, escrever, a sério, algum dia!


Texto do nosso “Poeta da Montanha”, publicado, em 20-04-2010, no jornal “Geresão”

terça-feira, 20 de abril de 2010

João Martins, um contrabandista de Gondoriz

João Manuel Martins vive no lugar da Refonteira, em Gondoriz, freguesia de onde é natural e onde sempre viveu e, tal como muitos outros terrabourenses, para sobreviver, foi obrigado a fazer contrabando entre Portugal e Espanha.
Hoje, este gondoricense que já conta com 80 anos é um dos poucos contrabandistas ainda vivos e conhece, como a palma da sua mão, a rota do contrabando onde, naquele tempo, andou juntamente com dezenas de homens terrabourenses, principalmente, de Brufe, Gondoriz e Cibões.
Este contrabandista garante que todo aquele que se aventurava a vencer as agruras da Serra Amarela e a desafiar a vigilância zelosa da “guarda” tinha de ser um bom conhecedor dos trilhos da montanha, de possuir um grande sentido de orientação, de ter muita disciplina e, ainda, de ter espírito de sacrifício, entreajuda e solidariedade.

Este gondoricense afirma à nossa reportagem que a pé, durante a noite e no silêncio da noite,os caminhos na Serra Amarela eram calcorreados por todos aqueles que faziam do contrabando o seu ganha pão. “Era um negócio de tostões, mas era a minha única fonte de receita. Naquele tempo, ganhava-se muito pouquinho, mas, naquela época, não tínhamos onde ganhar dinheiro. Sempre eram alguns míseros tostões que entravam na nossa casa!” Às vezes, não ganhavam para a despesa porque quando transportavam para Espanha, por exemplo, ovos e tinham de fugir às perseguições da “guarda”, partiam-nos e lá se ia “por água abaixo o nosso pequeno investimento”. Tudo era feito a pé e sempre que os ovos rareavam “chegávamos a ir comprá-los muito longe. Era uma vida escrava” lamenta-se. “Às vezes, saíamos com os ovos acomodados em palha nas mochilas e chegávamos a Espanha com eles todos partidos. Não se aproveitava nenhum ovo!”
Os contrabandistas, da rota da Serra Amarela, levavam para Espanha principalmente ovos, azeite e sabão e para Portugal podiam trazer produtos, tais como: boinas, botas, meias, tabaco, chumbo para carregar as espingardas, mas o produto que mais “trazíamos eram enxadas. As autoridades nunca revistaram a minha casa porque nunca houve denúncias. Contudo, se o fizessem nunca encontrariam nada. Tudo o que eu trazia de Espanha era escondido, principalmente, no meio do monte”.
Os produtos que levavam de cá eram comprados nas “vendas” das aldeias ou aos lavradores locais, mas, às vezes, quando os ovos eram insuficientes iam comprá-los ao concelho de Amares, nomeadamente a Caldelas, a Rendufe e à Feira Nova.
De Brufe até Espanha, percorrer o caminho, demorava pouco mais de 4 horas, mas de Gondoriz até Torneiros a “caminhada levava de 7 a 8 horas. Mas este tempo podia ser bem maior! Tudo dependia do caminho. Só conseguíamos fazer neste tempo, se fossemos pelo cimo da Serra Amarela e sem qualquer tipo de percalço”.
Na Serra Amarela, a caminhada era feita normalmente à noite, em silêncio, sem fumar, em grupo e em fila indiana. “Às vezes, percorria-se a rota do contrabando de dia, principalmente, quando estava nevoeiro”. Na frente da fila, que podia atingir umas boas dezenas de metros, ia sempre alguém que conhecia bem os trilhos. “Chegámos lá a ir 75 homens que formavam uma fila com uma distância como daqui de Gondoriz a Terras de Bouro. Vergados pelo peso das nossas mochilas, íamos separados para não sermos apanhados e, às vezes, quando desconfiávamos que podia aparecer a guarda, púnhamos na dianteira, muito distante de nós, alguém que levava um fardo de pouco valor e, quando era interceptado pela guarda, fazia um alarido tal que nós, mesmo a uma distância considerável, ouvíamos e fugíamos sem sermos apanhados. Outras vezes, pressentíamos a presença da guarda e tínhamos de desviar-nos para o lado do Lindoso, o que nos atrasava muito e nos fazia aumentar o tempo da caminhada”.
No seu tempo, havia três postos da guarda fiscal: um no Campo do Gerês, outro em Carvalheira e outro em Vilarinho da Furna. Quando os guardas os interceptavam, gritavam “larga”, disparavam para o ar e quando já não tinham tiros rolavam pedras pelo monte abaixo. “Os guardas sempre que nos apanhavam, tiravam-nos as coisas todas e sempre que fugíamos da autoridade corríamos muitos riscos e perigos. Andar no meio da Serra Amarela era muito perigoso porque havia sítios que se lá caíssemos, morríamos e apodrecíamos sem que ninguém nos encontrasse. No Inverno, era difícil devido, principalmente, à neve, ao gelo e ao vento. A neve e o gelo conservavam-se quase até Abril no alto da serra o que tornava muito perigosos estes trilhos.
A víbora e o lobo nunca constituíram ameaças. “Sempre que nos sentávamos para descansar sacudíamos a vegetação para afugentarmos as víboras. Cheguei a ver o lobo sozinho, mas não se atira a ninguém!”
Aos oitenta anos, este contrabandista gondoricense que “vende frescura”, disponibilizou-se para nos acompanhar e mostrar “in loco” as armadilhas que esconde a Serra Amarela. Informou-nos que percorreu o trilho do contrabando recentemente. Calcorreou, juntamente com o Dr. Manuel Martins a Serra Amarela pelo lado do Posto Emissor do Muro e, também fez, juntamente com o nosso ilustre doutor, a caminhada de Brufe a Torneiros.

Publicado no jornal "Geresão", em 20 de Abril de 2010

Terras de Bouro: Termas de Moimenta

Indicações: Doenças de pele e fígado
Natureza: Sulfúrea sódica de pH 9 (alcalina)
Alvará de concessão: Licença de 20-2-2002.
Área de Protecção: 9923m2

Em 1998, a família Gomes Martins adquiriu este terreno rural nas Pesqueiras, onde se encontrava uma pequena emergência de água mineral. Em 2001 as análises feitas à água pelo Instituto Ricardo Jorge, no Porto, revelaram as potencialidades hidromedicinais desta água sulfúrea sódica, com um alto valor de alcalinidade (pH 9), “uma composição química muito semelhante às Caldas da Saúde, só que muito mais alcalinas”.
Iniciaram de seguida os estudos e prospecções para a exploração da água, e todo o longo processo burocrático para a futura concretização de uma exploração termal, onde contam com o apoio do geólogo Alberto Lima, da Universidade do Minho.
“Foi o próprio director do IGM que nos deu os parabéns e nos incentivou a ir para a frente com todo este processo, pois a água tinha muitas qualidades. Mas é preciso coragem, é tanta a burocracia, que às vezes dá vontade de desistir.”
Ao mesmo tempo, o furo artesiano veio comprovar a existência de um caudal susceptível de exploração termal: “No furo conseguimos uma temperatura superior à da nascente, e ele ainda não está totalmente isolado, ainda tem infiltrações de lençóis freáticos, quando estiver isolado esperamos ter água a temperatura de 28 a 30º “
O processo burocrático começou pela desanexação dos terrenos da reserva agrícola, condição mínima para se poder construir no local um estabelecimento termal. Actualmente o processo encontra-se na fase de análises mensais da água durante um ano, a fim de confirmar a sua constância química e mineralógica, passo exigido pela Direcção Geral de Saúde, com o objectivo de definir as suas qualidades terapêuticas.
“Depois disto tudo, vamos formar uma empresa dedicada à exploração de um hotel rural com termas”.

Família Gomes Martins

Deliberações do Executivo Municipal de Terras de Bouro

O Jornal “Geresão” publica hoje, dia 20, as deliberações do executivo municipal de Terras de Bouro. Pelo que se pode ler, os concursos são uma constante. Aqui, em Terras de Bouro, não saem três funcionários e entra um, como quer o nosso Ministro das Finanças!
Pelo jeito aqui ainda não chegou o PEC...

Vilar da Veiga: Actividades da Frente Cultural

O Jornal “Geresão” publica hoje, dia 20, as actividades da Frente Cultural.
«O Clube Frente Cultural de Vilar da Veiga tem previstas no respectivo Plano, as seguintes actividades para o corrente ano: no sector cultural e recreativo, a comemoração, no próximo dia 24, do aniversário do CFCVV, com um programa de actividades lúdicas; o passeio anual dos sócios, ampliação da biblioteca, concertos temáticos, magusto e filme de Natal. No sector desportivo, a organização do II Torneio de Futsal, em Agosto, torneios de malha e passeio de ciclo turismo; no sector do ambiente, participação na campanha "Limpar Portugal", passeios pedestres periódicos, Subida da Vezeira e concurso/exposição fotográfica. No que respeita a novos projectos, o CFCVV têm em vista a criação do espaço Internet, o OTL Verão 20l0, a formação na área do Turismo de Montanha e a aquisição de material informático».

Campo do Gerês: Dia Internacional dos Monumentos e Sítios

O Jornal “Geresão” publica hoje, dia 20, que o Município de Terras de Bouro organizou, no passado domingo, no âmbito das comemorações do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, uma caminha à Geira. Eis a notícia.