quinta-feira, 4 de julho de 2013

Cidadãos “atentos” contra taxas no Gerês

Um grupo de “cidadãos atentos” reunirá, em protesto, no próximo dia 28 de julho, pelas 10h00, na vila termal do Gerês, contra as “taxas ilegais e abusivas” cobradas pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas para os pedidos de autorização de realização de atividades de visitação nas áreas protegidas nacionais. Esta ação, asseguram os responsáveis, “reflete a indignação de muitas pessoas em relação a este assunto”.
“Apesar de todos as promessas, o Governo continua a cobrar taxas ilegais e abusivas para os pedidos de autorização para a realização de atividades de visitação nas áreas protegidas nacionais. Chegou a hora de mostrarmos de já chega deste abuso e que a regulamentação deve ser alterada, de uma vez por todas, conforme prometido”, consideram os mentores do protesto.
Segundo estes cidadãos, “ao fim de tantos meses e falsas promessas, a verdade é que tudo continua na mesma mesmo”, depois de o próprio Provedor de Justiça “apontar para a ilegalidade da cobrança das taxas”, ao abrigo da Portaria 138-A/2010, de 4 de março, para os pedidos de autorização para a realização de atividades de visitação.
Os manifestantes lembram que a decisão do Provedor de Justiça aponta no sentido de que existe a utilização de elementos imprecisos na indicação da base de incidência objetiva do tributo por parte do ICNF (“prestação de outros serviços não previstos”), refere o excessivo montante da taxa em face do serviço prestado, tanto mais que a taxa é liquidada independentemente do sentido da decisão, sublinha não haver legitimidade para cobrar taxas ao abrigo do Plano de Ordenamento do PNPG e considera que a Tabela de Taxas anexa à Portaria nº138-A/2010, de 4 de março, prevê as taxas devidas por “autorizações” sem que ali figure a taxa devida pelos pedidos de autorizações para realizar caminhadas.
“O Governo, através do ICNF, insiste em prosseguir com a sua política de saque a quem pretende usufruir das nossas áreas protegidas. É tempo de dizer basta! É tempo de exigir uma mudança de atitude, é tempo de exigir respeito”, consideram.
Fonte: Terras do Homem, em 4-07-2013

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