Trilhos Pedestres na Senda de Miguel Torga
Fonte: Município de Terras de Bouro
«A rede Trilhos Pedestres Na Senda de Miguel Torga pretende, por um lado, ser uma homenagem a um dos maiores vultos da literatura portuguesa que durante mais de quarenta anos calcorreou estas paisagens e aqui escreveu alguns dos seus melhores poemas, e por outro lado constituir-se como um guia, que possibilite aos amantes da natureza fruírem o património natural e patrimonial de Terras de Bouro em toda a sua plenitude.»
Fonte: Município de Terras de Bouro
«A rede Trilhos Pedestres Na Senda de Miguel Torga pretende, por um lado, ser uma homenagem a um dos maiores vultos da literatura portuguesa que durante mais de quarenta anos calcorreou estas paisagens e aqui escreveu alguns dos seus melhores poemas, e por outro lado constituir-se como um guia, que possibilite aos amantes da natureza fruírem o património natural e patrimonial de Terras de Bouro em toda a sua plenitude.»
Dr. António José Afonso - Trilhos Pedestres na Senda de Miguel Torga
Hoje, a rede de Trilhos Pedestres, obra do Dr. António Afonso, é uma oferta turística com muita procura. Para além de trazer muitos turistas que procuram o contacto com a Natureza, traz para a nossa Terra muitas receitas.
E este é um dos méritos que ninguém pode tirar ao Dr. António Afonso!
E este é um dos méritos que ninguém pode tirar ao Dr. António Afonso!
Trilho do Castelo
O Castelo de Bouro ou de Covide - estende-se pelas chãs e cumeadas da memorável e histórica serra de Santa Isabel. O seu percurso, de 16.376 metros, atinge uma cota altimétrica de 990 metros e percorre-se com dificuldade média, por veredas singulares, ladeadas pelos maciços montanhosos da Amarela e do Gerês. Ao longo do seu traçado apresentam-se notavelmente, as modalidades de organização da paisagem natural e construída, oriundas da época medieval. Não é de estranhar o embate natural com que tudo aparece no seu lugar. Aqui o Homem ainda não desfez!
0 Trilho do Castelo abrange o território de três freguesias: St.ª Isabel, Chamoim e Covide. O seu traçado apresenta dois pontos de início:
1.Igreja de St.ª Isabel do Monte até ao Monte do Castelo;
2. Lugar do Calvário, em Covide, até ao Monte Castelo.
Desta forma, o pedestrianista ou visitante tem duas opções para calcorrear o Trilho do Castelo: a primeira, mais longa, possibilita um contacto directo com a riqueza arquitectónica rural, com a comunidade e tradição agro-silvo-pastoril da freguesia de St.ª Isabel e a segunda, mais curta, poderá contemplar a natureza paisagística e o Castelo de Covide.
Extensão 16,4 Km
Duração 6 Horas
Dificuldade Moderado/Médio
Localização St.ª Isabel do Monte, Chamoim e Covide
Partida/chegada St.ª Isabel do Monte e Covide
Acessos EN-205-3 e EN-307
EM-536, EM-536-1
O Trilho dos Currais
Inserido na temática “tradições comunitárias”, percorre uma área de singular beleza natural da Serra do Gerês.
Percorre-se ao longo de três currais do Baldio de Vilar da Veiga: o Curral da Espinheira, o Curral da Carvalha das Éguas e o Curral da Lomba do Vidoeiro, constituindo um percurso de pequena rota (PR) cuja distância a percorrer é de 10 km, sendo o grau de dificuldade médio a elevado.
Inserido no âmbito Cultural e Paisagístico, o Trilho dos Currais proporciona um contacto directo com o espírito e tradições comunitárias locais, a partir da organização silvo-pastoril na forma de vezeira.
Esta prática comunitária, peculiar da Serra do Gerês, decorre de Maio a Setembro, sendo o gado bovino da comunidade encaminhado pelos caminhos carreteiros até à serra alta, onde se situam os currais.
Os vezeiros - proprietários do gado - acompanham durante dias ou semanas o gado, consoante o número de cabeças que possuem, transportando os utensílios para a alimentação e estadia nas cabanas dos currais.
A manutenção destas estruturas comunitárias é assegurada anualmente. Todos os anos, previamente à subida do gado para a serra, no dia dos cubais, os proprietários limpam os caminhos carreteiros, arranjam as cabanas e as fontes.
Extensão 10 Km
Duração 4 Horas
Dificuldade Médio a Elevado
Localização Serra do Gerês - PNPG
Partida/chegada Parque de Campismo do Vidoeiro - Gerês
Acessos EN-308-1
O Trilho dos Moinhos
O Trilho dos Moinhos e Regadios Tradicionais percorre as aldeias rurais de Lagoa, Sequeirós e Pergoim, pertencentes à freguesia de Chamoim. Apresenta uma extensão de 9 km, com um tempo de 4 horas de duração e ostenta um grau de dificuldade médio a elevado. A cota altimétrica máxima de 590m será atingida no sítio do Espigão, identificado como miradouro, sendo a cota mais baixa de 140m, na margem do Rio Homem.
Este trilho traduz-se num percurso rural que confere um reconhecimento da utilidade e valor das antigas redes viárias caídas em desuso, tais como os caminhos de pé posto e os caminhos agrícolas lajeados. As linhas de água, as levadas, os poços, os regadios e os moinhos de água, no seu conjunto, constituem autênticas relíquias da arquitectura popular de tempos remotos.
O Trilho dos Moinhos e Regadios Tradicionais inclui um pequeno troço da Via Militar Romana XVIII do Itinerário Antonino, entre asmilhas XXI e XXII. A calçada, em excelente estado de conservação, encontra-se murada em alvenaria granítica.
Extensão 9 Km
Duração 4 Horas
Dificuldade Médio
Localização Chamoim
Partida/chegada Lugar da Lagoa - Chamoim
Acessos EN-307 e EN-304
O Trilho da Águia do Sarilhão
O Trilho da Águia do Sarilhão, localizado na freguesia do Campo do Gerês, possui um património de fortes tradições culturais e etnográficas. Este trilho pedestre de pequena rota (PR), de âmbito histórico e cultural, tem uma extensão de 9 km, com cerca de 3 horas de duração e apresenta um grau de dificuldade médio. Estende-se por terrenos aplanados de um vale alargado, por onde passa o Ribeiro de Rodas, entre o Museu Etnográfico e a margem esquerda da albufeira de Vilarinho das Furnas, sendo esta a sua extremidade Norte. Percorre os aglomerados rurais deste antigo povoado e descortina, por entre os arruados estreitos, os espigueiros e habitações com as suas cruzes cimeiras e varandas com madeiramentos costumeiros abertas ao logradouro.
Do legado patrimonial realça-se, com distinção, a Via Nova XVIII (Geira), com passagem pelas milhas XXVII, XXVIII e XXIX e pelo núcleo de padrões romanos. Nas proximidades da milha XXIX avultam vestígios indeléveis da trincheira do Campo que, na Idade Média, serviu de defesa da raia portuguesa nas invasões hostis.
Inserido numa importante área do Parque Nacional da Peneda Gerês, este trilho aproxima-se de outros locais de interesse, como a fraga do Sarilhão, a Mata Nacional de Albergaria e a extinta aldeia comunitária de Vilarinho das Furnas.
Distancia 9 Km
Duração 3 Horas
Dificuldade Médio
Localização Campo do Gerês
Partida/chegada Museu Etnográfico de Vilarinho das Furnas
Acessos EN-307 e EN-304 Estrada florestal de Lamas e da Portela do Homem (Mata da Albergaria)
O Trilho dos Miradouros
O Trilho dos Miradouros, um percurso pedestre de pequena rota (PR) de âmbito ecológico e paisagístico, tem uma extensão de aproximadamente 9 km. Estima-se que o tempo necessário para o percorrer seja de 5 horas, sendo o grau de dificuldade atribuído de médio a elevado, com relevos bastante acidentados, em áreas de crista e de planalto, vertentes íngremes e vales apertados, daí que alguns dos locais do percurso exijam ao pedestrianista os cuidados especiais. O seu traçado localiza-se quase exclusivamente na encosta oeste do vale do Rio Gerês. Os seus limites mais extremos, a Este e a Oeste, são respectivamente a vila das Caldas do Gerês, as áreas de planalto situadas em Lamas e as curvas de S. Bento.
No Trilho dos Miradouros contempla-se a visita a muitos dos 'cabeços de granito' os miradouros da serra do Gerês - enredados de histórias, destacando-se a Fraga Negra, a Boneca, os Mirantes Velho e Novo e o Penedo da Freira. Desses locais vislumbra-se um horizonte paisagístico de inigualável beleza natural.
Extensão 10,5 Km
Duração 5 Horas
Dificuldade Elevado com declives acentuados
Localização Vila do Gerês
Partida/Chegada Centro de Artesanato do Gerês
Acessos EN-308-1 e Estrada Florestal do Campo do Gerês e da Portela do Homem
Trilho do São Bento
O Trilho do São Bento, de âmbito cultural e paisagístico, apresenta-se como um percurso pedestre de pequena rota (PR), tem uma extensão de aproximadamente 10,5 km, com um tempo de duração de 4 horas, sendo o grau de dificuldade médio, com alguns desníveis acentuados.
Este percurso estende-se ao longo da encosta sudoeste do vale do Rio Caldo sendo interceptado, em dois locais, pelo troço da E.N 304, que liga as freguesias de Rio Caldo e Covide. O seu traçado caracteriza-se por locais de interesse histórico-cultural, de cariz religioso, que despertam curiosidade ao pedestrianista e visitante. Os principais atractivos deste trilho são os antigos fornos de fabrico de carvão, denominados de furnas, o fojo do lobo - locais de captura do animal e as rochas graníticas com as pegadas de Santa Eufémia, representando vestígios que remetem às tradições e mitologias da freguesia de Rio Caldo. O fojo do lobo e a furna são estruturas que demonstram e confirmam a relação de coexistência vivencial, com benefícios e malefícios, entre o homem e determinados animais, inclusive o urso e o lobo.
Extensão 10,5 Km
Duração 4 Horas
Dificuldade Médio a Elevado
Localização Rio Caldo
Partida de/chegada Lugar da Seara - Rio Caldo
Acessos EN 304 e EN-308-1
Trilho do Couto de Souto
O Trilho do Couto de Souto, de âmbito histórico-cultural, é um percurso pedestre de pequena rota (PR) que apresenta uma extensão real de 9,5 km, com um tempo de duração de 4 horas e um grau de dificuldade médio. Desenvolve-se em áreas situadas na encosta sudeste do vale do Rio Homem, em que atravessa povoações rurais pertencentes às freguesias de Souto e Ribeira.
Este traçado circular, com início e fim na freguesia de Souto, região que outrora foi conhecida por Couto e Vila de Souto, visita vestígios edificados pertencentes ao Couto atribuído por D. Afonso III, no ano de 1254, tendo-se extinguido no ano de 1836.
Do valioso património cultural enredado neste trilho, faz-se referência à aldeia de St.ª Cruz, sendo o local que principia, com a milha XIV, os 30 km de via romana (Geira) que se alonga pela extensa área do concelho de Terras de Bouro.
Extensão 5 Km
Duração 4 Horas
Dificuldade Médio
Localização Souto e Ribeira
Partida/chegada Lugar do Paço - Souto
Acessos EN 205 e EN-307
Trilho da Geira
O Trilho da Geira, um percurso pedestre de pequena rota (PR), de âmbito histórico e paisagístico, apresenta uma extensão de 9,5 km, com um tempo de duração de 4 horas, sendo o grau de dificuldade médio. Este percurso alonga-se pelos caminhos agrícolas das freguesias de Chorense e da Balança, que encerram em si vestígios históricos de elevado interesse turístico e cultural. Esse interesse advém, sobretudo, da existência de marcas da actividade romana, a Geira e as Milhas: XV, no sítio de Cantos ou Bico da Geira, XVI no lugar do Penedo dos Teixugos, XVII junto à ribeira de Cabaninhas, XVIII Mutatio Saliniana, na Chãos de Vilar. O conjunto de miliários, reunidos nas referidas milhas, patenteiam epigrafia a homenagear os imperadores da época.
O interesse da mesma região pode, obviamente, estender-se ao ambiente arquitectónico das aldeias típicas em granito, onde subsiste um ambiente rural bastante acolhedor, e ao ambiente físico e natural que é facilmente perceptível em muitos dos locais do trilho.
Extensão 9,5 Km
Duração 4 Horas
Dificuldade Médio
Localização Chorense e Balança
Partida/chegada S. Sebastião da Geira - Chorense
Acessos EN - 205 e EN - 307
EN- 535, 536 e 1265
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