A Associação Nacional de Aposentados e Reformados (MODERP) lembrou que as questões do abandono e da solidão não se esgota nos idosos e “não é um fenómeno de hoje”.
A associação, presidida por Manuel Jerónimo, lembrou que como os laços familiares e a “família tradicional foi deteriorando”.
Para a Moderp, a solução passa por “apelar à consciência de todos e de cada um da vulnerabilidade do ser humano e a sua necessidade de viver em sociedade, na qual a família desempenha um papel crucial”.
O Natal e o verão são os períodos mais comuns para falar em abandonos de idosos admitiu uma investigadora da área, que lembrou que há pessoas que passam quase toda a vida sozinhas.
À agência Lusa, Stella António, investigadora do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade da Universidade Técnica de Lisboa (ISCSP/UTL), referiu a necessidade de um estudo aprofundado sobre o abandono de idosos familiares nesta altura ou devido à crise.
Porém, a investigadora lembrou que há pessoas idosas que “estiveram quase toda a vida em isolamento e solidão”.
Maria Helena, da associação que conta atualmente com 700 voluntários, confirmou que no Natal se aumenta a atenção aos idosos que apoiam.
“Há uma presença mais assídua”, comentou à Lusa, enumerando as festas de Natal e o planeado contacto telefónico, ou eventualmente presencial em certas situações, no dia 25 de dezembro.
As cinco delegações da associação Coração Amarelo, além da sede em Lisboa, planeiam “mimos” de Natal, garantiu ainda.
Para a Associação Nacional de Aposentados, Pensionistas e Reformados (MODERP), expectando algumas situações, a prática tem demonstrado que são os mais idosos e com menos possibilidades económicas os que “mais sofrem situações de abandono e solidão”.
A MODERP assumiu à agência Lusa que a questão de abandono e solidão dos mais idosos, que “não se esgota neste grupo etário”, “não é um fenómeno de hoje”.
Segundo Manuel Jerónimo, presidente da associação, a família tradicional foi-se deteriorando, “originando alguns dos problemas que estão na base do abandono e da solidão”.
“A resolução deste problema passa por apelar à consciência de todos e de cada um, da vulnerabilidade do ser humano e a sua necessidade de viver em sociedade, na qual a família desempenha um papel crucial”, afirmou.
Fonte: Lusa, em 24-12-2012
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