sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Arcebispo volta a alertar para a exclusão social

Pobreza, desemprego, emigração, falências de empresas e exclusão social são alguns sinais que o arcebispo de Braga antevê para o ano 2012. Na sua mensagem de ano novo, D. Jorge Ortiga não antevê “facilidades”, mas sim um ano muito difícil.
“Não ignoro as ondas gigantes da pobreza escondida, do desemprego alarmante, da ameaça da intelectualidade juvenil, das falências fraudulentas ou inevitáveis, duma saúde que pode não ter a protecção necessária, dum ensino que sacrifica a qualidade, duma exclusão social que pode provocar agitações desnecessárias, duma criminalidade a gerar insegurança”, escreve o prelado na mensagem ontem revelada.
A lição das Caxinas
Vendo no salvamento dos pescadores das Caxinas “o grande acontecimento de 2011”. D. Jorge parte da lição de união dada pelos seis homens em alto mar para apelar a uma esperança que afaste as piores previsões.
O arcebispo entende que para ultrapassarmos a crise económica actual “teremos necessariamente de nos contentarmos com menos coisas e dar importância àquilo que cada um pode dar, sem desânimos nem pessimismos”.
Em mais uma intervenção pública em que aborda as dificuldades económicas e a crise social que Portugal atravessa, o arcebispo vislumbra “um tempo diferente” em que “ninguém poderá exigir ou esperar excepções”.
Por isso pede às comunidades cristãs “trabalho redobrado, capaz de gerar uma fé mais ardente, uma esperança mais consistente e uma comunhão mais visível.
D. Jorge defende que só com “o contributo de todos surgirão soluções para recomeçar a viver um novo estilo de vida, adequado às exigências do novo ano”.
Pobreza irá crescer
Na qualidade de presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social, D. Jorge Ortiga declarou que “2012 será um ano muito difícil, e consequentemente, exigente para todos os portugueses”, no decorrer do qual a “pobreza irá crescer”.
Fonte: Correio do Minho, em 30-12-2011

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