A Câmara de Terras de Bouro decidiu pagar as vacinas não incluídas no Plano Nacional de Vacinação a todos os bebés que nasçam no concelho, com o objectivo de apoiar a natalidade.
O presidente da autarquia, Joaquim Cracel, disse esta quarta-feira Lusa que cada bebé tem direito a uma espécie de “cheque farmácia”, no valor de 600 euros. “O dinheiro é para ser gasto em duas farmácias do concelho com quem a aâmara tem protocolos, podendo ser utilizado para a compra das vacinas pneumocócica e contra o rotavírus”, referiu.
As vacinas podem ser substituídas, na totalidade ou em parte, por artigos de puericultura, bens alimentares e de higiene para bebés. “Desta forma, queremos garantir que o apoio que concedemos é mesmo utilizado para beneficiar o bebé, o que até aqui nem sempre acontecia”, acrescentou Joaquim Cracel.
A alteração ao Regulamento de Incentivo à Natalidade em Terras de Bouro foi agora publicada em Diário da República.
A Câmara de Terras de Bouro atribuía, desde 2009, 600 euros pelo nascimento ou adição do primeiro filho, um valor que subia para 900 pelo segundo e para 1.200 para o terceiro e seguintes. A partir de agora, qualquer criança que nasça no concelho recebe um apoio de 600 euros em compras na farmácia.
O objectivo é incentivar a natalidade, mas Joaquim Cracel admitiu que, por si só, a medida “não tem grande efeito”, vindo-se até a registar um decréscimo de nascimentos no concelho. Em 2010, a Câmara concedeu 52 apoios, no ano seguinte 41 e este ano apenas 30.
“O emprego no concelho escasseia, a crise também não ajuda nada e, naturalmente, os casais ou partem para outras terras ou retraem-se no número de filhos”, referiu Joaquim Cracel.
Fonte: Lusa, em 31-10-2012
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