Disponibilizamos texto do terrabourense José Guimarães Antunes publicado hoje no “Correio do Minho».
No dia 19 de outubro último, a Direção Geral de Educação (DGE) enviou às escolas o documento «Bufetes Escolares – Orientações» que procede à revisão da Circular n.º11/DGIDC/2007 e altera aspetos a observar na organização, funcionamento e oferta do bufete escolar.
Enviou, também, o documento «Alergia Alimentar» feito em parceria com a Direção Geral da Saúde (DGS) e com a colaboração de Faculdades, Instituições e Sociedades Científicas na área da saúde da nutrição e alergologia.
Devido ao crescente aumento do número de crianças e de jovens com alergias e com intolerância alimentares, pretende-se facultar às escolas um referencial sobre diversas alergias, nomeadamente a alergia ao leite, ao ovo, ao trigo, ao amendoim e aos frutos de casca rija, a marisco e a moluscos, a peixe e a soja. Para além da indicação das alergias alimentares e das suas manifestações, enumeram-se os alimentos a excluir, as preparações culinárias/receitas onde podem aparecer, os alimentos processados que podem conter os alergénicos e apela-se à leitura atenta dos ingredientes das rotulagens.
Com o referencial «Alergia Alimentar», pretende-se prevenir a ocorrência de reações alérgicas restringindo-se alimentos diretamente responsáveis pelas alergias bem como conhecer os ingredientes que compõem uma receita ou preparação culinária para evitar alimentos que possam conter algum alergénio na sua composição. Alerta-se, ainda, para a importância da leitura e interpretação de rótulos alimentares para se verificar se contêm alergénios ocultos.
No que concerne à oferta do bufete escolar, a DGE insiste nos géneros alimentícios a promover, nomeadamente nas frutas, no pão mistura, no pão elaborado com farinhas escuras e nos sumos de fruta naturais. Salienta, ainda, que os géneros alimentícios a promover apresentam baixo teor de açúcares, reduzido teor de gorduras (lípidos), elevado teor de fibras e de antioxidantes e reduzido teor de sódio.
Há muito tempo que se promovem no bufete da Escola EB 2,3 de Palmeira géneros alimentícios saudáveis. Mas, infelizmente, os nossos alunos consomem pouco leite «branco» apesar deste ser disponibilizado há anos, gratuitamente, no bufete.
Também já, por inúmeras vezes, se incentivou o consumo de fruta, disponibilizando-a de forma apelativa e a um preço simbólico. Raros são os nossos alunos que optam pelo pão mistura ou elaborado com farinhas escuras, pelos sumos de fruta e pelos iogurtes naturais.
De facto, o baixo consumo de vegetais e de fibras, o excesso de açúcar, de gorduras saturadas e de sal faz com que muitos dos nossos alunos não tenham uma alimentação saudável. E se juntarmos a um comportamento alimentar errado o elevado número de horas que passam defronte da «caixinha mágica» vendo televisão, no quarto, até altas horas da madrugada, as horas ininterruptas nos jogos eletrónicos do computador e da playstation o que lhes aumenta as horas de sedentarismo, então, o problema atinge outra dimensão.
É fundamental e urgente que em casa se promova uma nutrição equilibrada, sensibilizando os jovens para a necessidade de alterar hábitos e práticas de vida sedentárias e, ainda, consciencializando-os para a prática regular do exercício físico.
Apelo aos pais que sensibilizem e incentivem os filhos à prática do desporto escolar, nomeadamente que os inscrevam no atletismo, no golf e no badminton na EB 2,3 de Palmeira.
O envolvimento da família é imprescindível para conseguirmos que os nossos alunos tenham uma forma de vida sã. Com exercício físico e a aquisição de hábitos de uma alimentação saudável evitaremos o aparecimento da diabetes tipo 2, da hipertensão arterial e do colesterol, entre outros.
Juntos, escola e família, poderemos prevenir a obesidade. Compete-nos, com o apoio dos pais, evitar que os nossos alunos troquem a refeição servida na cantina por um pacote de batatas fritas vendido no quiosque!
Fonte: Correio do Minho, em 25-10-2012
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