Com a participação de dezenas de produtores directos que vendem habitualmente no Mercado Municipal, o campo invadiu a cidade na manhã de ontem, na Avenida Central, dando corpo à IV Feira à Moda Antiga e das lavradeiras.
A feira prolonga-se até ao fim do dia de hoje, com a realização do Cortejo das Freguesias.
A iniciativa municipal encheu a Praça principal sendo complementada pela Tenda dos Ofícios Tradicionais dos concelhos de Braga, Vieira do Minho, Terras de Bouro e Fafe, ao som de pregões das vendedeiras para alegria e surpresa dos clientes e visitantes.
A vereadora Ana Paula Morais, em representação do vice-presidente Vitor Sousa, e o representante em Braga da Entidade Regional de Turismo Porto-Norte, Marco Sousa, marcaram presença na abertura destas iniciativas.
“A terra está aqui com o que produz e com o que nela cultivam os bracarenses das nossas aldeias, numa perspectiva ecológica sustentável” - garante Ana Paula Morais. De facto, era possível ver artigos de artesanato feito a partir de produtos da terra, como as espigas e folhas de milho.
Por outro lado, Braga assinalou de forma diferente o Dia Mundial de Turismo, mostrando o que de mais genuíno existe, para além da sua arte manual.
A iniciativa conta com a animação de vários grupos como foi o bailarico proporcionado pela Rusga de S. Paio de Merelim. Ontem, na abertura da Feira à Moda Antiga, actuou a Equipa Espiral enquanto a Associação Artystica, dinamizada pela Associação de Artesãos dos Minho surpreendia os clientes e visitantes com pequenos sketchs a lembrar as antigas discussões entre as vendedeiras da Praça.
À tarde foi a vez do Grupo de Cavaquinhos da Prof. Ana, com elementos de várias freguesias, antes da Rusga de S. Vicente recriar uma desfolhada tradicional cm todos os ‘quês e porquês’.
O objectivo da Câmara Municipal de Braga passa por “dinamizar o centro da cidade, que a dimensão económica possa ter movimento e dar algum retorno financeiro aos nossos produtores de hortícolas e bens da terra”.
Em termos turísticos, foi intenção “trazer ao centro a ruralidade de Braga que ainda possui uma dimensão razoável e os mais novos desconhecem”.
Assim, “tentamos recriar momentos antigos das nossas tradições” — assegurou Ana Paula Morais, sublinhando que todos os expositores presentes são habituais vendedores no Mercado Municipal. Desta forma, “queremos que os bracarenses se desloquem também ao Mercado onde podem encontrar produtos com a mesma qualidade”. Ana Paula Morais destacou a novidade deste ano que foi a “abertura a concelhos vizinhos, como Terras de Bouro, Vieira do Minho e Fafe, numa tentativa de desenvolver o turismo deforma concertada”.
De Terras de Bouro vieram os linhos e lãs, de Vieira do Minho os artigos de cobre, e de Fafe chegou a cestaria.
Braga estava representada pelo artigos de arte sacra e madeira, mas toda a sua riqueza histórica e cultural é mostrada hoje, às 14.30 horas, com o Cortejo das Freguesias, a partir do Arco da Porta Nova até à Av. Central, em que cada freguesia traz algo que a caracterize. O cortejo é uma “forma de Braga mostrar quanto está agradecida ao trabalho dos autarcas no desenvolvimento harmonioso do concelho.
Fonte: Correio do Minho, em 30-09-2012
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