O presidente do Baldio de Vilar da Veiga, Alexandre Pereira, manifestou publicamente o seu desagrado com aquilo que diz ter sido “um assalto” mesmo “nas barbas de São Bentinho da Porta Aberta”, pelo atropelo à lei verificada na tomada de posse dos novos corpos sociais da Associação de Defesa da Floresta do Minho (ADEFM).
O caso remonta ao passado dia 1 de setembro, altura em que a nova direção da ADEFM tomou posse, após um ato eleitoral realizado a 11 de agosto, em que houve apenas uma lista candidata.
Ora, no entender de Alexandre Pereira, esse ato eleitoral não tem colhimento legal, uma vez que, “aos associados da instituição foi dada a possibilidade de apresentarem uma lista candidata a essas mesmas eleições, até… 27 de agosto”.
O presidente do Baldio de Vilar da Veiga e dirigente do PCP de Terras de Bouro assegura, ainda, que “a nova direção é formada por familiares do presidente e técnicos que são funcionários na Associação”.
“Ou seja, daqui em diante, nas reuniões, os funcionários que até aqui falavam e discutiam opções, não o poderão fazer mais, sob pena de sofrerem as consequências”, acredita Alexandre Pereira. O terrabourense vai mais longe e afirma mesmo que os responsáveis por toda esta situação “estão a trair o que ficou acordado”, pelo que não poderão contar consigo para “ficar calado”.
Quanto ao dia 1 de setembro, Alexandre Pereira lamenta o “clima de intimidação” vivido aquando da tomada de posse da nova direção, afirmando que “houve associados que apresentaram queixas à Assembleia Geral quanto à forma como era conduzido o processo. “Houve até quem partilhasse da ideia do mês de agosto ser um mês atípico para eleições, pelo que deveria ser evitado”, comentou.
Perante tal cenário, garante o representante do Núcleo do Gerês da ADEFM, o presidente da AG “comunicou que não havia lugar à tomada de posse e que ficava agendada uma nova reunião para 29 de setembro”. “Perante isto, a própria secretária da direção eleita deu posse aos corpos sociais em questão. Nunca poderia fazer tal coisa. Os estatutos não o permitem. É um verdadeiro atropelo à lei”, assegura.
Protesto por escrito para o presidente da AG
Alexandre Pereira fez chegar o seu descontentamento e protesto, por escrito, ao presidente da Assembleia Geral da ADEFM, em que dava conta de “irregularidades” no ato eleitoral de dia 11 de agosto. “O Presidente do Baldio de Vilar da Veiga não vai apresentar lista de candidatura ao ato eleitoral marcado para o dia 27 de agosto visto estas terem sido realizadas a 11 de agosto”, refere no comunicado. Na missiva apela ainda ao “bom senso” do presidente da Assembleia Geral para que tome as devidas providências e que analise “os documentos, os estatutos, o calendário eleitoral da ADEFM, o calendário eleitoral do núcleo do Gerês”, tentando saber se os não sócios podem fazer parte dos órgãos sociais.
“Porquê tantos erros juntos?”, interrogava o presidente do Baldio de Vilar da Veiga, solicitando a Amândio Barbosa que, no dia 1 de setembro, não desse posse a “tanto erro” e convocasse uma reunião posterior, a fim de agendar uma “eleição com todos os esclarecimentos e iguais oportunidades para todos os associados”.
Por fim, Alexandre Pereira estranhou, ainda, a marcação de eleições para o mês de agosto, “quando o mandato da direção vigente apenas terminava no final do ano”.
Fonte: Terras do Homem, em 13-09-2012
Sem comentários:
Enviar um comentário