“A juventude deve ser preparada e competitiva. O saber fazer é um requisito muito importante para enfrentar a sociedade, onde tem que desempenhar, cada vez mais, uma actividade por sua conta própria, muito mais do que por conta de outrem”.
Palavras de Octávio Oliveira, presidente do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), que participou, ontem, na Festa da Europa promovida na vila do Gerês pelo eurodeputado José Manuel Fernandes, numa conferência que debateu o ‘Dia Mundial da Juventude: gerações de hoje e amanhã na Europa’.
“A juventude tem que estar culturalmente preparada e ter conhecimentos bastante aprofundados de actividades que lhes permitam enquadramento na sociedade”, assinalou o responsável, indicando que um dos grandes desafios para os jovens é também a sua “flexibilidade” num mundo de incertezas, com o objectivo de lhes permitir “adaptabilidade”.
Segundo o responsável do IE-FP, “as tendências actuais apontam para que haja no futuro uma menor expressão em termos de trabalho por conta de outrem”, por isso, aponta como uma necessidade o facto de os jovens terem cada vez mais “gosto pelo risco, ousadia e capacidade empreendedora”.
E alertou: “os empregos que garantiam até aqui comodidade para toda a vida deixaram de existir e não é possível na área pública gerar mais empregos”.
Octávio Oliveira defendeu, assim, o ‘saber fazer’ que deve dotar a juventude dos nossos dias, apontando para uma melhor preparação formativa e profissional através do sistema educativo e dos centros de formação em áreas que tenham “utilidade” na sociedade. Isto para garantir a sua empregabilidade.
“Qualquer área ou profissão tem que ter o reconhecimento da sua utilidade social, caso contrário está condenada ao desemprego, tal como acontece com a formação humanística ou das ciências sociais, onde existe elevado número de licenciados desempregados”, explicou o responsável do IEFP.
“Temos que ter jovens competitivos, que falem línguas, e preparados para a mobilidade”, disse, ainda sobre a matéria, Octávio Oliveira.
Fonte: Correio do Minho, em 13-08-2012
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