A Delegação Distrital de Braga da ANAFRE — Associação Nacional de Freguesias e o Movimento de Autarcas e Cidadãos em Defesa das Freguesias promovem amanhã, a partir das 15 horas, em Braga, uma manifestação contra a extinção de freguesias. A concentração está marcada para o Largo de S. Tiago (antigo Governo Civil).
A decisão de avançar para esta manifestação foi tomada numa reunião, segunda-feira, pelo Conselho Directivo da Delegação Distrital da ANAFRE.
A ANAFRE e Movimento de Autarcas e Cidadãos em Defesa das Freguesias entendem “que o modelo da reforma do poder local deve obedecer ao princípio democrático da consulta popular e auscultar as populações” e por isso rejeitam a justificação do equilíbrio orçamental como a verdadeira razão desta reforma.
“O peso das freguesias no Orçamento do Estado não chega a uma décima do ponto percentual (0,098 por cento)”, recordam em comunicado enviado à imprensa.
“Apenas razões de ordem política — afastar os cidadãos dos serviços do Estado e penalizar as populações rurais — podem estar na origem desta decisão contestada em todos os quadrantes e exigem uma resposta política dos autarcas das freguesias”, sustentam os promotores da manifestação, acrescentando que ainda não perceberam “qual o objectivo que move o Governo: se não é para poupar recursos, se não corresponde a uma necessidade sentida pelas freguesias (por isso, a ANAFRE e a grande maioria das freguesias está contra) o que faz correr o Governo? Fragilizar o Poder Local, retirar voz aos incómodos presidentes das juntas de freguesia, afastar e distanciar as populações dos seus eleitos, diminuir a participação popular?”.
Após a concentração, no Largo de S. Tiago, a manifestação segue para a Praça da República (Arcada) onde terão lugar algumas intervenções de autarcas e cidadãos.
Para esta manifestação estão convidados todos os autarcas das 516 freguesias. O objectivo é fazer desta acção “exemplar, representativa e elevada”.
“A proximidade é a primeira e mais genuína característica e forma de gestão das freguesias portuguesas que também é exigida pelas políticas da União Europeia, cabendo aos autarcas defendê-la, em primeira linha”, argumentam os promotores do protesto.
Fonte: Correio do Minho, em 16-11-2012
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