Conviver com a lama e a poeirada, tornou-se uma constante no maior lugar da Freguesia da Balança. Nos dias de sol, os moradores sujeitam-se ao pó e à poeirada que se instala nos seus quintais e invade as suas casas. Quando chove o lamaçal torna esta estrada esburacada quase intransitável.
Como os responsáveis da Autarquia não têm necessidade de fazer este trajecto diariamente desconhecem o drama dos moradores que se dizem ignorados, abandonados e cansados por terem de utilizar uma estrada nestas péssimas condições. Eu que a utilizo frequentemente gostava de ver alguns dos responsáveis da nossa Autarquia a percorrê-la a pé, sujeitando os sapatos de verniz e os fatos engomados ao pó e à lama, para verem “in loco” o que estão a oferecer a esta população que não tem culpa nenhuma da má organização da Autarquia que, pelo jeito, não soube planear e organizar convenientemente a execução desta obra. Acredito que os responsáveis da nossa Autarquia, a pedido do Presidente da Junta que nada tem a ver com o sucedido, já percorreram, certamente, esta estrada deplorável, mas fizeram-no, confortavelmente, nos “nossos carros” a quem nós, se for necessário, até pagamos com os nossos impostos a reparação das suspensões.
Pelo jeito, o martírio dos moradores de S. Pantaleão está para durar. É tempo da Autarquia acabar com esta obra de Santa Engrácia restabelecendo a acessibilidade aos moradores de S. Pantaleão. Urge pôr fim a este calvário, repondo-lhes a qualidade de vida e tratando-os com a dignidade que bem merecem.
Entretanto, os paralelos da estrada e o rachão da calçada à portuguesa do caminho em frente à casa da senhora Leonida mantêm-se amontoados nas valetas dando a esta estrada municipal e ao caminho um ar de estaleiro abandonado a céu aberto.
Publicado no jornal o "Geresão" em 20 de Abril de 2007.
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